Lindano

Ações terapêuticas.

Pediculicida, escabicida.

Propriedades.

É um inseticida organoclorado denominado hexacloreto gama benzeno que desenvolve efeitos escabicidas e pediculicidas. Após a absorção através do exoesqueleto quitinoso dos artrópodes, o lindano estimula o sistema nervoso, produz convulsões e a morte desses insetos. Apresenta uma importante absorção através da pele.

Indicações.

Pediculose capitis, pediculose pubis, escabiose.

Posologia.

Dose usual para o adulto: uma aplicação a 1%, tópica, na pele ou no couro cabeludo. Dose usual pediátrica: uma aplicação a 1%, tópica, na pele ou no couro cabeludo.

Superdosagem.

Em caso de ingestão acidental, recomenda-se realizar uma lavagem gástrica rápida e utilizar catárticos salinos para a evacuação intestinal. Aparecendo manifestações do SNC, tratar com administração de pentobarbital, fenobarbital ou diazepam.

Reações adversas.

Dermatites, rash cutâneo, sintomas de toxicidade do sistema nervoso central, enjoos, tontura ou instabilidade, batimentos cardíacos acelerados, cãibras musculares, nervosismo, inquietude ou irritabilidade, crises convulsivas, vômitos.

Precauções.

Estudos em animais não demonstraram que o fármaco tenha propriedades carcinogênicas ou mutagênicas. Seu uso não é recomendado durante a gravidez por ser facilmente absorvido através da pele e apresentar potencial de toxicidade sobre o SNC. Não foram descritos problemas em seres humanos devido ao uso durante a lactação; mesmo assim, é aconselhável avaliar a relação risco-benefício pois parte do fármaco é excretado através do leite materno. O uso em neonatos prematuros não é recomendado, pois a sua pele pode ser mais permeável do que a pele dos neonatos mais desenvolvidos e suas enzimas hepáticas podem não estar suficientemente desenvolvidas para metabolizar o fármaco.

Interações.

Preparações para a pele, como cremes, loções, pomadas e óleos.