Hexoprenalina, sulfato
Ações terapêuticas.
Inibidor do útero.
Propriedades.
É um agente simpatomimético pirocatecólico que age como um agonista seletivo e específico dos receptores adrenérgicos b2 como a isoetarina, terbutalina, orciprenalina, salbutamol e isoxsuprina. Seu mecanismo de ação ocorre por inibição completa das contrações prematuras deprimindo o tônus e o peristaltismo da musculatura lisa uterina reduzindo o risco da ameaça de parto prematuro. Também em caso de risco agudo para o feto durante o trabalho de parto (asfixia intrauterina aguda) relaxa o miométrico melhorando o estado fetal. Por sua atividade agonista b2 também foi empregado como broncodilatador e antiasmático em patologias obstrutivas do trato respiratório inferior. Administra-se tanto por via oral, por via parenteral (perfusão intravenosa) quanto por via inalatória. Sua absorção é rápida e completa através da mucosa digestiva e possui uma ampla biodistribuição tissular.
Indicações.
Ameaça de aborto. Tetania uterina. Ameaça de parto prematuro. Hipermotilidade uterina. Distonia uterina. Útero relaxante em caso de cirurgia da gravidez (sutura cervical). Distresse fetal por asfixia aguda intrauterina.
Posologia.
Como inibidor do útero: começar com uma infusão IV de 5 mg durante 2 a 3 minutos para aumentar a dose segundo a resposta terapêutica e a urgência do quadro clínico. Depois se pode passar para a administração por via oral em dose de 0,5 mg cada 6-8 horas. Como antiasmático: emprega-se em doses de 250-500 mg por via oral cada 8 horas. Em caso de utilizar o medicamento por inalação devem-se administrar 200 mg cada 6-8 horas.
Efeitos secundários.
Podem manifestar-se náuseas, vômitos, vertigem, hipotensão arterial, taquicardia materna, tremor, frio, nervosismo, palpitações.
Precauções.
Recomenda-se uma monitoração cardiovascular materna e fetal durante a perfusão do tocolítico. Deve-se controlar a glicemia em gestantes diabéticas por uma possível resposta hiperglicêmica. Nesse caso deve-se aumentar a dose de insulina. Não deve ser utilizada concomitantemente com halotano. Como antídoto, em caso de necessidade, deve-se aplicar um betabloqueador adrenérgico.
Contraindicações.
Hipersensibilidade ao fármaco. Morte fetal intrauterina. Metrorragia grave. Miometrite ou endometrite grave. Corioamniotite. Arritmias cardíacas. Hipertireoidismo. Angina de peito. Insuficiência cardíaca congestiva.