Glicerol iodado

Ações terapêuticas.

Mucolítico-expectorante.

Propriedades.

Seu mecanismo de ação como mucolítico não é completamente conhecido, no entanto, parece que aumenta as secreções do trato respiratório, diminuindo assim a viscosidade do muco. Absorve-se rapidamente por via gastrintestinal e concentra-se principalmente nas secreções do trato respiratório. Seu metabolismo é desconhecido e sua eliminação é principalmente renal.

Indicações.

Como adjuvante no tratamento de doenças do trato respiratório como bronquite, asma brônquica, enfisema pulmonar, fibrose cística, sinusite crônica ou depois da cirurgia para evitar a atelectasia.

Posologia.

Dose usual para o adulto: oral, 60 mg quatro vezes ao dia. Dose usual pediátrica: oral, até 30 mg quatro vezes ao dia.

Superdosagem.

Para o tratamento do hipotireoidismo e o aumento da glândula tireoide deve-se suspender o medicamento ou pode-se administrar hormônio tireoideano. No caso de iodismo, deve-se suspender o medicamento e administrar uma terapia de apoio apropriada. O consumo abundante de líquido e cloreto de sódio ajuda na eliminação de iodeto. Os sintomas de iodismo desaparecem pouco depois de interromper a administração de glicerol iodado.

Reações adversas.

Calafrios, cefaleia contínua, perda de apetite, dor ao mastigar ou tragar, dor de garganta, sensibilidade anormal à dor ou inchaço debaixo ou na frente do ouvido, febre ou dor nas articulações, rash cutâneo, urticária ou vermelhidão, inchaço de rosto, lábios ou pálpebras.

Precauções.

Os pacientes que não toleram os iodetos inorgânicos e o iodo podem não tolerar também esse medicamento. Recomenda-se não utilizar durante a gravidez. A tireoide do feto humano começa a concentrar iodo entre a décima segunda e a décima quarta semanas de gestação, e foi descrito que o uso de iodetos inorgânicos durante esse período da gravidez e em diante induz raramente bócio fetal, com ou sem hipotireoidismo, com potência de obstrução das vias respiratórias. Seu uso não é recomendado na mãe que amamenta pois pode produzir rash cutâneo e supressão tireoideana no lactente. As crianças com fibrose cística parecem ter uma sensibilidade exagerada ao efeito bociogênico dos iodetos.

Interações.

Lítio, outros medicamentos antitireoideanos.

Contraindicações.

Hipersensibilidade ao iodo. A relação risco-benefício deve ser avaliada nos seguintes problemas clínicos: acne adolescente, fibrose cística nas crianças, doença tireoideana.