Cefodizima

Ações terapêuticas.

Antibiótico cefalosporínico parenteral.

Propriedades.

É uma cefalosporina moderna, de terceira geração, com ação bactericida sobre a maioria das bactérias Gram-positivas, Gram-negativas, aeróbias e anaeróbias, inclusive cepas produtoras de betalactamases. Entre o grupo sensível figuram estafilococos, pneumococos, gonococos, meningococos, Moraxella, E. coli, Shigella, Klebsiella, Proteus, Haemophilus, Corynebacterium. Seu mecanismo de ação é similar ao das outras cefalosporinas; afeta a permeabilidade parietal dos microrganismos sensíveis ao se unir aos receptores parietais (PBP). Após sua administração parenteral, distribui-se ampla e rapidamente pelos diversos líquidos corporais e penetra muito bem nos tecidos e células. Um efeito biológico desta cefalosporina é a potencialização das funções fagocitárias, de grande importância nos pacientes imunocomprometidos com patologias de base, após uma administração a cada 12 ou 24 horas. Este efeito modificador da resposta imune foi observado in vitro e in vivo em animais e seres humanos. Após uma administração parenteral IM ou IV de 1g, produz níveis séricos elevados durante a primeira hora, os quais perduram por mais de 12 horas.

Indicações.

Infecções urinárias altas e baixas. Gonococia. Infecções respiratórias baixas. Infecções sistêmicas em pacientes imunocomprometidos. Infecções hospitalares, pneumonias hospitalares, bacteremias.

Posologia.

Administrar 1 ou 2 g por via parenteral (IM ou IV) a cada 12 ou 24 horas. A dose máxima de 4 g diários pode ser usada em infecções graves, dividida em doses iguais a cada 12 horas. Na gonococia: uma só dose de 0,25 a 0,50 g.

Efeitos secundários.

Foram reportados distúrbios gastrintestinais como diarreia, náuseas e vômitos; além disso, reações alérgicas, erupções cutâneas, prurido, urticária, febre, aumento da creatinina e ureia plasmáticas. Reações locais: irritação inflamatória e dor no local da injeção.

Precauções.

Existe a possibilidade de sensibilidade cruzada em pessoas hipersensíveis aos antibióticos betalactâmicos. Não se recomenda seu uso em crianças, durante a gravidez e lactação, até que se disponha de mais estudos, embora os ensaios em animais não tenham revelado efeitos tóxicos ou teratogênicos.

Interações.

Recomenda-se vigiar a função renal quando administrada simultaneamente com aminoglicosídeos. A probenecida pode prolongar a excreção da cefodizima. Nos pacientes em terapia com furosemida, polipeptídicos, anfotericina B, ciclosporina, cisplatina ou vancomicina, o efeito pode potencializar-se sobre a função renal.

Contraindicações.

Pacientes com antecedentes de alergia ou hipersensibilidade às cefalosporinas.