ZELLA
MANTECORP FSA
azeláico, ácido
Antiacnéico tópico.
Apresentações.
Gel.
Embalagens contendo 1 bisnaga com 15g ou 30g.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: DERMATOLÓGICA
USO ADULTO
Composição.
Cada grama do gel contém: ácido azelaico 150mg excipientes q.s.p. 1g (ácido benzoico, propilenoglicol, edetato dissódico, lipoid S100, polissorbato 80, carbômer 980, triglicerídeos de cadeia média, hidróxido de sódio e água).
Informações técnicas.
1. INDICAÇÕES
Zella® é indicado para o tratamento da acne vulgar e da rosácea papulopustulosa.
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
A eficácia terapêutica do ácido azelaico no tratamento da acne baseia-se em sua ação antimicrobiana e na influência direta sobre a hiperqueratose folicular. Clinicamente, observa-se uma redução significativa da concentração de colonização de Propionibacterium acnes, assim como uma significante diminuição da fração de ácidos graxos livres na superfície lipídica da pele. A hiperpigmentação pós-inflamatória, decorrente da acne, é um processo da pele que estimula os melanócitos a aumentar a síntese de melanina sob a ação da enzima tirosinase. O ácido azelaico possui uma ação anti-tirosinase direta.
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Farmacodinâmica
A eficácia terapêutica de ácido azelaico no tratamento da acne baseia-se em sua ação antimicrobiana e na influência direta sobre a hiperqueratose folicular.
Clinicamente, observa-se uma redução significativa da concentração de colonização de Propionibacterium acnes, assim como uma significante diminuição da fração de ácidos graxos livres na superfície lipídica da pele.
O ácido azelaico, in vitro e in vivo, inibe a proliferação dos queratinócitos e normaliza o processo de diferenciação epidérmica final anômala, presente na acne. Estudos realizados em orelhas de coelhos demonstraram que o ácido azelaico acelera a lise dos comedões induzidos por tetradecanos.
Embora a fisiopatologia da rosácea não seja completamente compreendida, existe cada vez mais consenso que a inflamação que envolve a elevação de várias moléculas pró-inflamatórias efetivas, tais como a calicreína-5 e catelicidina, bem como espécies de oxigênio reativas (ROS), seja um processo central desta doença.
Demonstrou-se que o ácido azelaico modula a resposta inflamatória nos queratinócitos humanos normais através de:
a) ativação do PPAR c (receptor ativado por proliferação da peroxissoma c); b) inibição a transativação do fator nuclear-kB (NF-kB); c) inibição da produção de citocinas pró-inflamatórias e d) inibição da libertação de ROS a partir de neutrófilos, assim como efeitos diretos sobre o ROS existente.
Além disso, foi demonstrado que o ácido azelaico inibe diretamente a expressão de calicreína-5 e catelicidina em três modelos: in vitro (queratinócitos humanos), em pele de murino e na pele facial de pacientes com rosácea. Estas propriedades anti-inflamatórias do ácido azelaico podem desempenhar um papel no tratamento da rosácea. Embora o significado clínico destes resultados, em relação calicreína-5 e catelicidina e seu impacto sobre a fisiopatologia da rosácea, ainda não foi plenamente demonstrado em um grande estudo clínico, os estudos iniciais na pele facial humana parecem confirmar os achados in vitro e com murino.
Farmacocinética
O ácido azelaico penetra em todas as camadas da pele humana após a aplicação dermatológica do medicamento. A penetração é mais rápida na pele danificada do que na pele íntegra. Um total de 3,6% da dose aplicada é absorvido através da pele após uma única aplicação tópica de 1g de ácido azelaico (5g de creme).
Estudos clínicos realizados em pacientes com acne indicaram taxas de absorção de ácido azelaico similares para as formas farmacêuticas gel.
Uma parte do ácido azelaico absorvido através da pele é excretada em sua forma inalterada na urina. A porção restante é quebrada por beta-oxidação, originando ácidos dicarboxílicos com cadeias menores (C7, C5), os quais também foram encontrados na urina.
No estado de equilíbrio, níveis plasmáticos do ácido azelaico encontrados em pacientes com rosácea, após 8 semanas de tratamento com 2 aplicações diárias de Zella®, ficaram dentro do intervalo observado também em voluntários e em pacientes com acne, submetidos a dietas normais. Isto indica que a extensão da absorção percutânea do ácido azelaico, após 2 aplicações ao dia de ácido azelaico, não altera a concentração sistêmica do ácido azelaico derivado da dieta e de fontes endógenas de uma forma clinicamente significativa.
Dados de segurança pré-clínicos
-Toxicidade sistêmica
Em estudos de tolerância sistêmica, após administração oral e dérmica repetida de ácido azelaico e do creme, não se encontrou nenhuma evidência de que efeitos adversos são esperados mesmo sob condições extremas, tais como aplicações em extensas áreas e/ou sob oclusão.
-Embriotoxicidade / Teratogenicidade
Estudos de desenvolvimento embriofetal com a administração oral de ácido azelaico em ratos, coelhos e macacos cinomólogos durante o período de organogênese revelou embriotoxicidade em doses na qual alguma toxicidade materna foi notada. Não foram observados efeitos teratogênicos. O NOAEL (Nível de dose sem observação de efeito adverso) embriofetal foi de 32 vezes a DMRH (dose máxima recomendada para humanos) com base na ASC em ratos, 6,5 vezes a DMRH com base na ASC em coelhos e 19 vezes a DMRH com base na ASC em macacos (veja "gravidez, lactação e fertilidade"). Em um estudo de desenvolvimento peri e pós-natal em ratos, no qual o ácido azelaico foi administrado por via oral a partir do 15° dia gestacional até o 21° dia pós-parto, foram notados ligeiros distúrbios no desenvolvimento pós-natal de fetos, em doses orais que resultou em alguma toxicidade materna. O NOAEL foi de 3 vezes o MRHD com base na ASC. Nenhum efeito sobre a maturação sexual dos fetos foi observado neste estudo.
-Toxicidade Reprodutiva
Estudos sobre o prejuízo da fertilidade em animais não demonstraram nenhuma evidência para tal risco durante o uso terapêutico de ácido azelaico.
-Genotoxicidade e Carcinogenicidade
Estudos in vivo e in vitro com ácido azelaico não demonstraram nenhuma evidência de efeitos mutagênicos em células germinativas e somáticas. Estudos carcinogênicos específicos usando ácido azelaico não foram realizados. Tais experimentos não foram considerados necessários porque ácido azelaico ocorre no metabolismo normal dos mamíferos e, no que diz respeito ao potencial carcinogênico, riscos não são previstos em função da natureza química do composto e dos dados disponíveis dos estudos pré-clínicos que indicam a ausência de toxicidade em órgãos alvo, a falta de efeitos proliferativos e a falta de mutagenicidade/genotoxicidade.
-Tolerância local e o potencial de sensibilização por contato
Investigações de experimentação animal realizados em pele de coelhos, para avaliar a tolerância local de ácido azelaico resultaram em reações leves de intolerância.
Contato com os olhos deve ser evitado devido ao efeito irritativo moderado à grave identificado nos estudos de tolerância local nos olhos de coelhos e macacos.
O ácido azelaico creme não demonstrou nenhum efeito comedogênico em orelha de coelho.
Sinais de que a substância ativa tenha propriedades sensibilizantes não foram encontrados no teste de maximização realizado em cobaia (porquinho da índia).
-Farmacologia de segurança
O ácido azelaico administrado uma vez por via intravenosa não apresentou efeitos sobre o sistema nervoso (teste de Irwin), função cardiovascular, metabolismo intermediário, músculos lisos e na função do fígado e do rim.
4. CONTRAINDICAÇÕES
Hipersensibilidade a substância ativa ou a qualquer um dos excipientes da formulação.
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Zella® destina-se apenas ao uso dermatológico. Durante o uso de Zella® deve-se tomar cuidado para evitar contato com os olhos, boca e outras membranas mucosas e os pacientes devem ser devidamente instruídos (veja "Dados de segurança pré-clínicos"). No caso de contato acidental com os olhos, boca e outras membranas mucosas, lavar a área afetada com bastante água. Se a irritação do olho persistir, o médico deve ser consultado. Lavar as mãos após cada aplicação de Zella®. O ácido benzoico é suavemente irritante à pele, aos olhos e às membranas mucosas. O propilenoglicol pode causar irritação da pele. Quando Zella® é usado para o tratamento da rosácea papulopustulosa é aconselhável evitar o uso de agentes de limpeza alcoólicos, tinturas e adstringentes, abrasivos e agentes de peeling.
-Gravidez, lactação e fertilidade
Gravidez
Não existem estudos adequados e bem controlados da administração tópica de ácido azelaico em mulheres grávidas. Estudos em animais indicaram potenciais efeitos à gravidez, desenvolvimento embrio/fetal, ao parto ou desenvolvimento pós-natal. No entanto, os níveis de dose sem efeitos adversos observados nos animais variaram, entre os estudos, de 3 a 32 vezes a dose máxima recomendada humana com base na área da superfície corporal em humanos (veja "Dados de segurança pré-clínicos").
Recomenda-se precaução ao prescrever ácido azelaico a mulheres grávidas.
Categoria de risco B. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Lactação
Não se sabe se o ácido azelaico é excretado no leite humano in vivo. No entanto, um experimento in vitro do equilíbrio de diálise demonstrou que a passagem do fármaco para o leite materno pode ocorrer. Mas não se espera que a distribuição de ácido azelaico no leite materno provoque uma mudança significativa dos níveis basais de ácido azelaico no leite uma vez que o ácido azelaico não é concentrado no leite e a absorção sistêmica de uma aplicação tópica de ácido azelaico não aumenta a exposição endógena de ácido azelaico acima dos níveis fisiológicos. No entanto, deve-se ter cuidado quando Zella® é administrado a mulheres em fase de amamentação.
Fertilidade
Não existem dados sobre o efeito de ácido azelaico sobre a fertilidade humana. Os resultados de estudos com animais não demonstraram nenhum efeito sobre a fertilidade de ratos machos ou fêmeas (veja "Dados de segurança pré-clínicos").
-Efeitos na habilidade em dirigir ou operar máquinas
Zella® não provoca influência na habilidade em dirigir ou operar máquinas.
-Uso em idosos
Os estudos clínicos realizados com ácido azelaico não estabeleceram segurança e eficácia para o tratamento específicos na população de pacientes com idade acima de 65 anos. Baseado na farmacologia clínica do ácido azelaico, não há razão para assumir um risco particular para pacientes mais velhos, mas uma maior sensibilidade de alguns idosos individualmente não pode ser descartada.
-Uso em pacientes com insuficiência hepática e renal
Não há estudos direcionados em pacientes com insuficiência hepática e renal.
Considerando o perfil farmacocinético estabelecido e a absorção percutânea limitada do ácido azelaico após aplicação dermatológica, nenhum acúmulo do ácido azelaico é previsto em pacientes com insuficiência hepática e renal, administrado topicamente com uma formulação em gel de 15%.
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Não há nenhum estudo de interação medicamentosa de ácido azelaico com outras substâncias.
7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz, calor e umidade. Após aberto, válido por 90 dias.
Prazo de validade: 24 meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Zella apresenta-se como gel branco opaco homogêneo, isento de partículas estranhas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
8. POSOLOGIA E MODO DE USAR
Uso dermatológico.
A aplicação de Zella® só deve ser feita após cuidadosa limpeza da pele com água corrente ou, caso necessário, com um agente de limpeza suave. Secar a pele antes de aplicar o medicamento.
É importante utilizar Zella® regularmente durante todo o período de tratamento.
A duração do tratamento depende do grau de intensidade do distúrbio da pele, podendo variar de paciente para paciente. Em geral, uma melhora distinta torna-se aparente após aproximadamente 4 semanas de tratamento. Entretanto, para obtenção de melhores resultados, é necessário utilizar Zella® por vários meses. Há experiência clínica para um período de aplicação contínua de até 1 ano para ácido azelaico creme.
Nos casos de reações cutâneas intensas (veja "Reações adversas"), deve-se diminuir a quantidade do medicamento utilizada por aplicação ou reduzir a frequência do uso para uma vez ao dia, até que a irritação desapareça. Se necessário, o tratamento poderá ser temporariamente interrompido por alguns dias.
Tratamento da acne vulgar e rosácea papulopustulosa: deve ser aplicado 2 vezes ao dia (de manhã e à noite) sobre as regiões afetadas, friccionando cuidadosamente (aproximadamente 2,5 cm de gel = 0,5g é suficiente para tratar toda a região facial).
A segurança e eficácia de ácido azelaico para o tratamento da acne vulgar em crianças com idade abaixo de 12 anos não foi estabelecida.
A segurança e eficácia de ácido azelaico para o tratamento da rosácea papulopustulosa em pacientes com idade abaixo de 18 anos não foram estabelecidas.
9. REAÇÕES ADVERSAS
Somente reações adversas cutâneas relacionadas ao tratamento foram relatadas em estudos clínicos.
Na grande maioria dos casos, os sintomas foram leves ou moderados; a frequência dos sintomas irritativos diminuiu gradualmente ao longo do tratamento.
Em estudos clínicos, as reações adversas mais frequentemente observadas foram prurido no local da aplicação, queimação no local da aplicação e dor no local da aplicação.
As frequências das reações adversas observadas em estudos clínicos, e apresentadas na tabela abaixo, estão definidas de acordo com a convenção de frequência do MedDRA.
Muito comum (≥1/10), comum (≥1/100 a < 1/10), incomum (≥1/1.000 a < 1/100), rara (≥1/10.000 a < 1/1.000), muito rara ( < 1/10.000), desconhecidas (não podem ser estimadas a partir dos dados disponíveis).
-Acne
-Rosácea
As seguintes reações adversas adicionais foram relatadas durante a vigilância pós-comercialização com o uso de Zella (frequência desconhecida): -Hipersensibilidade que pode se manifestar por uma ou mais das seguintes reações adversas: angioedema, inchaço dos olhos, inchaço da face e falta de ar (dispneia);
-Irritação da pele;
-Coceira (urticária);
-Agravamento da asma
Em 4 estudos clínicos de fase II e II/III envolvendo adolescentes com idade entre 12 e 17 anos (120/383; 31%), a incidência geral de reações adversas para ácido azelaico foi similar entre os grupos de pacientes com idade entre 12 e 17 anos (40%), com idade maior que 18 anos (37%) e para a população geral de pacientes (38%). Esta similaridade também se aplica ao grupo com idade entre 12 e 20 anos (40%).
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
10. SUPERDOSE
Resultados de estudos de toxicidade aguda não indicaram que qualquer risco de intoxicação aguda seja esperado após uma única aplicação tópica de uma superdose (aplicação em área extensa sob condições favoráveis de absorção) ou mesmo após ingestão oral inadvertida.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Dizeres legais.
Registro: 1.7817.0956
Siga corretamente o modo de usar, não desaparecendo os sintomas procure orientação médica.