ULTIBRO
NOVARTIS
indacaterol + glicopirrônio, brometo
Broncodilatador.
Apresentações.
Cápsulas com pó para inalação. Ultibro® 110 mcg + 50 mcg
Embalagens contendo 10 ou 30 cápsulas acompanhadas de 1 inalador.
VIA INALATÓRIA USO ADULTO
Composição.
Cada cápsula contém 143 mcg de maleato de indacaterol (equivalente a 110 mcg de indacaterol) e 63 mcg de brometo de glicopirrônio (equivalente a 50 mcg de glicopirrônio).
Cada dose liberada (dose que sai do bocal do inalador) contém 110 mcg de maleato de indacaterol equivalente a 85 mcg de indacaterol e 54 de brometo de glicopirronio equivalente a 43 mcg de glicopirrônio.
Excipientes: lactose monoidratada e estearato de magnésio.
Informações técnicas.
1. INDICAÇÕES
Ultibro® é indicado no tratamento broncodilatador de manutenção para aliviar sintomas dos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) moderada, grave e muito grave.
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
O programa de desenvolvimento clínico de fase III [IGNITE] de Ultibro® incluiu seis estudos nos quais mais de 8.000 pacientes foram recrutados: um estudo de 26 semanas, placebo e ativo controlado (indacaterol 150 mcg uma vez ao dia, glicopirrônio 50 mcg uma vez ao dia, tiotrópio aberto 18 mcg uma vez ao dia) [SHINE]; um estudo de 26 semanas, ativo controlado (fluticasona/salmeterol 500/50 mcg duas vezes ao dia) [ILLUMINATE]; um estudo de 64 semanas, ativo controlado (glicopirrônio 50 mcg uma vez ao dia, tiotrópio aberto 18 mcg uma vez ao dia) [SPARK]; um estudo de 52 semanas, placebo controlado [ENLIGHTEN]; um estudo de tolerância ao exercício de 3 semanas placebo e ativo controlado (tiotrópio uma vez ao dia) [BRIGHT]; e um estudo de 52 semanas ativo controlado (fluticasona/salmeterol 500/50 microgramas duas vezes por dia) [FLAME]. [1, 2, 3, 4, 6, 7, 8, 9]. Os estudos avaliaram pacientes com diagnóstico clínico de DPOC moderada a muito grave, que tinham 40 anos de idade ou mais, e com histórico de tabagismo de 10 maços-ano ou mais [1, 2, 3, 4, 7, 8, 9]. Destes 5 estudos, o [SHINE] e o [ENLIGHTEN] tiveram VEF1 pós-broncodilatação entre < 80% e ≥30% do valor normal previsto e VEF1/CVF médio pós-broncodilatação, menor que 70% [1, 4]. O estudo de 26 semanas, ativo controlado, [ILLUMINATE], envolveu pacientes com VEF1 pós-broncodilatação entre < 80% e ≥40% do valor normal previsto [2]. Em contrapartida,
o estudo de 64 semanas [SPARK] envolveu pacientes com DPOC grave a muito grave, com histórico de exacerbação da DPOC moderada ou grave ≥1 no ano anterior, e VEF1 pós-broncodilatação < 50% do valor normal previsto [3]. O estudo de 52 semanas ativo controlado, [FLAME], recrutou pacientes com DPOC moderada a muito grave com histórico de ≥1 exacerbação moderada ou grave (19% tiveram histórico de ≥2 exacerbações) no ano anterior, e VEF1 pósbroncodilatação ≥25 e < 60% do valor normal previsto [7, 8, 9].
Efeitos na Função Pulmonar
Ultibro® administrado em dose única de 110/50 mcg uma vez ao dia, demonstrou melhoras clinicamente significativas na função pulmonar (medido pelo volume expiratório forçado no primeiro segundo, VEF1), em vários estudos clínicos. Em um estudo de fase III, efeitos broncodilatadores foram vistos dentro de 5 minutos após a primeira dose e foram mantidos durante 24 horas após a primeira dose. Durante o estudo de 26 semanas [SHINE] e 52 semanas [ENLIGHTEN], não houve atenuação do efeito broncodilatador ao longo do tempo [1, 4].
VEF1 nadir
No estudo [SHINE], Ultibro® aumentou o VEF1 nadir na pós-dose em 200 mL quando comparado ao placebo no desfecho primário na semana 26 (p < 0,001) e demonstrou aumentos significativos quando comparado a cada braço de tratamento em monoterapia (indacaterol e glicopirrônio), bem como ao braço de tratamento de tiotrópio (vide Tabela 1) [1].
A média do VEF1 pré-dose (média dos valores obtidos a -45 e -15 min antes da dose da manhã do estudo com droga) foi clinicamente e estatisticamente significativa a favor de Ultibro® na Semana 26 comparado com fluticasona/salmeterol (100 mL, p < 0,001) [ILLUMINATE] [2], na Semana 52 comparado com placebo (189 mL, p < 0,001) [ENLIGHTEN] [4] e em todas as visitas até a Semana 64 comparado com glicopirrônio (70-80 mL, p-valor < 0,001) e tiotrópio (60-80 mL, p-valor < 0,001) [SPARK] [3, 5]. No estudo [FLAME], a média do VEF1 pré-dose foi clínica e estatisticamente significativa em favor do Ultibro® em todas as visitas até a semana 52 comparada com fluticasona/salmeterol (62-86 mL, p < 0,001) [7, 8, 9].
Pico de VEF1
Ultibro® produziu melhoras estatisticamente significativas no pico do VEF1 comparado com placebo nas primeiras 4 horas pós-dose no Dia 1 (210 mL, p < 0,001), na Semana 26 (330 mL, p < 0,001), e comparado ao indacaterol (120 mL), glicopirrônio (130 mL), tiotrópio (130 mL) na Semana 26 (p < 0,001 para todas as comparações) [SHINE] [1], e comparado com fluticasona/salmeterol no Dia 1 (70 mL, p < 0,001) e Semana 26 (150 mL, p < 0,001) [ILLUMINATE] [2].
VEF1 área sob a curva (ASC)
Ultibro® aumentou o VEF1 na ASC0-12 pós-dose (desfecho primário) em 140 mL na Semana 26 (p < 0,001) no estudo ativo controlado [ILLUMINATE] comparado com fluticasona/salmeterol [2].
Início de ação
Nos estudos [SHINE e ILLUMINATE], Ultibro® demonstrou um rápido início do efeito broncodilatador, estatisticamente significante, no Dia 1 e na Semana 26 [1, 2].
Dados de Espirometria Seriada
No estudo de 26 Semanas, placebo controlado [SHINE], uma espirometria seriada de 12 horas foi realizada no Dia 1 (Figura 1) e uma espirometria seriada de 24 horas foi realizada na Semana 26 (Figura 2) em um grupo de 294 pacientes. Valores de VEF1 seriados durante 12 horas no Dia 1 e valor de VEF1 nadir no Dia 2 estão demonstrados na Figura 1, e na Semana 26 na Figura 2. Melhoras na função pulmonar foram mantidas por 24 horas após a primeira dose e foram consistentemente mantidas durante o período de tratamento de 26 Semanas sem evidências de tolerância [1].
Ultibro® também apresentou melhoras clinicamente representativas e estatisticamente significantes no VEF1 comparado com fluticasona/salmeterol em todos os pontos a partir de 5 minutos pós-dose até 12 horas pós-dose, ambos na Semana 12 (p < 0,001) e Semana 26 (p < 0,001) [ILLUMINATE] (vide Figura 3) [2].
No estudo [ILLUMINATE], Ultibro® demonstrou melhoras significativas na função pulmonar em geral, comparado com fluticasona/salmeterol, em todos os grupos principais, incluindo idade, gênero, histórico de tabagismo, gravidade da doença e reversibilidade [2].
No grupo de espirometria seriada [FLAME], Ultibro® demonstrou melhoras clinica e estatisticamente significativas no VEF1 ASC0-12h em 52 semanas de tratamento. O grupo de Ultibro® foi estatisticamente superior ao grupo de fluticasona/salmeterol do Dia 1 em diante (todos p < 0,05) [7, 8, 9].
Resultados Sintomáticos
Falta de ar
Ultibro® reduziu significativamente a falta de ar, avaliada pelo Índice Transicional de Dispneia (Transitional Dyspnea Index, TDI). Ultibro® demonstrou melhoras clinicamente representativas e estatisticamente significantes na pontuação focal do TDI na Semana 26 quando comparado com placebo (1,09; p < 0,001), tiotrópio (0,51; p=0,007) [SHINE] [1],e fluticasona/salmeterol (0,76; p=0,003) [ILLUMINATE] [2]. Uma porcentagem significativamente maior de pacientes recebendo Ultibro® responderam com 1 ponto ou mais de melhora na pontuação focal de TDI na Semana 26 comparado com placebo (68,1% e 57,5% respectivamente, p=0,004). Uma proporção maior de pacientes demonstrou resposta clinicamente significante na Semana 26 com ® Ultibro® quando comparado com tiotrópio (68,1% Ultibrovs. 59,2% tiotrópio, p=0,016) [SHINE] [1] e fluticasona/salmeterol (65,1% Ultibro® vs. 55,5% fluticasona/salmeterol, p=0,088 - estatisticamente não significativo) [ILLUMINATE] [2, 5].
Qualidade de vida relacionada à saúde
Ultibro® uma vez ao dia demonstrou efeitos estatisticamente significantes na qualidade de vida relacionada à saúde medido a partir do St George's Respiratory Questionnaire (SGRQ) na Semana 26 e verificado pela redução na pontuação total do SGRQ comparado com placebo (-3,01; p=0,002) e tiotrópio (-2,13; p=0,009) [SHINE], na Semana 64 comparado com tiotrópio (-2,69; p < 0,001) [SPARK] e na Semana 52 comparado com fluticasona/salmeterol (-1,3, p=0,003) [FLAME] [1, 3, 5, 7, 8, 9]. Ultibro® uma vez ao dia demonstrou melhora numérica no escore total do SGRQ na Semana 26 em comparação com indacaterol e glicopirrônio (-1,09 e -1,18, respectivamente) [SHINE] [1]. Uma porcentagem maior de pacientes recebendo Ultibro® respondeu com melhoras clinicamente significativas na pontuação do SGRQ (definido como um decréscimo de ao menos 4 unidades a partir do basal) na Semana 26 comparado com placebo (63,7% e 56,6% respectivamente; p=0,088 -estatisticamente não significativo) e tiotrópio (63,7% Ultibro® vs. 56,4% tiotrópio; p=0,047 -estatisticamente significativo) [SHINE] [1], na Semana 64 quando comparado com glicopirrônio e tiotrópio (57,3% Ultibro® vs. 51,8% glicopirrônio; p=0,055 -estatisticamente não significativo; vs. 50,8% tiotrópio; p=0,051-estatisticamente não significativo, respectivamente) [SPARK] [3], e na Semana 52 comparado com fluticasona/salmeterol (49,2% Ultibro® vs. 43,7% fluticasona/salmeterol, OR: 1,30, p < 0,001 [FLAME] [7, 8, 9].
Atividades diárias
Ultibro® demonstrou melhora estatisticamente superior versus o tiotrópio na porcentagem de "capacidade, em dias, de realizar atividades diárias" durante as 26 semanas (8,45%, p < 0,001) [SHINE] [1] e demonstrou melhoras numéricas sobre o glicopirrônio (1,87; p=0,195) e melhoras estatísticas sobre o tiotrópio (4,95; p=0,001) [SPARK] [3].
Exacerbações da DPOC
Na Semana 64 do estudo [SPARK], Ultibro® uma vez ao dia, reduziu as taxas de exacerbação da DPOC moderada a grave em 12% quando comparado ao glicopirrônio (p=0,038) (estaticamente significativo) e em 10% quando comparado ao tiotrópio (p=0,096) (estaticamente não significativo) [3]. Adicionalmente, Ultibro® demonstrou ser clínica e estatisticamente superior ao glicopirrônio e tiotrópio na redução de todas as taxas de exacerbações de DPOC (leve, moderada e grave), com uma taxa de redução de 15% para Ultibro® quando comparado ao glicopirrônio (p=0,001) (estaticamente significativo) e 14% quando comparado ao tiotrópio (p=0,002) (estaticamente significativo) [3]. Quando da primeira exacerbação da DPOC moderada a grave, Ultibro® demonstrou uma redução de 7% no risco quando comparado ao glicopirrônio (p=0,319) (estaticamente não significativo) [3]. O glicopirrônio e o tiotrópio não demonstraram diferenças na redução do risco [3]. No estudo de 52 semana, ativo controlado, [FLAME], Ultibro® uma vez ao dia atingiu o objetivo primário do estudo de não inferioridade na taxa de todas as exacerbações da DPOC (leve, moderada ou grave) em comparação com fluticasona/salmeterol. Ultibro® mostrou ainda superioridade na redução da taxa anualizada de todas as exacerbações em 11% versus fluticasona/salmeterol (3,59 vs. 4,03, p=0,003) e prolongou o tempo para a primeira exacerbação, com uma redução de 16% no risco de uma exacerbação (tempo médio: 71 dias para Ultibro® vs. 51 dias para fluticasona/salmeterol, p < 0,001) [7, 8, 9]. Ultibro® reduziu a taxa anualizada de exacerbações moderadas ou graves em 17% versus fluticasona/salmeterol (0,98 vs. 1,19, p < 0,001) e prolongou o tempo para a primeira exacerbação moderada ou grave, com uma redução de 22% no risco de uma exacerbação (percentil 25: 127 dias para Ultibro® vs. 87 dias para fluticasona/salmeterol, p < 0,001). Menos de 50% dos pacientes no grupo de Ultibro® tiveram uma exacerbação, portanto, o tempo para a primeira exacerbação moderada ou grave no primeiro quartil dos pacientes foi calculada no lugar [7, 8, 9]. Ultibro® reduziu numericamente a taxa anualizada de exacerbações graves em 13% versus fluticasona/salmeterol (0,15 vs. 0,17, p=0,231). Ultibro® prolongou o tempo para a primeira exacerbação grave com uma redução de 19% no risco de uma exacerbação (p=0,046) [7, 8, 9]. A incidência de pneumonia (como confirmado por radiografia de imagem, ou seja, radiografia de tórax ou tomografia computadorizada) foi de 3,2% no braço de Ultibro® em comparação com 4,8% no grupo de fluticasona/salmeterol (p=0,017). O tempo para a primeira pneumonia foi prolongado com Ultibro® em comparação com fluticasona/salmeterol (p=0,013) [7, 8, 9].
Utilização de medicação de resgate
Durante 26 semanas, Ultibro® uma vez ao dia reduziu significativamente o uso de medicação de resgate (salbutamol) em 0,96 jatos (puffs) por dia (p < 0,001) quando comparado com placebo e 0,54 jatos (puffs) por dia (p < 0,001) quando comparado ao tiotrópio no estudo [SHINE] [1], bem como em 0,39 jatos (puffs) por dia (p=0,019) quando comparado à fluticasona/salmeterol no estudo [ILLUMINATE] [2]. Durante 64 semanas, Ultibro® reduziu o uso de medicação de resgate (salbutamol) em 0,76 jatos (puffs) por dia (p < 0,001) quando comparado ao tiotrópio no estudo [SPARK] [3]. Ao longo de 52 semanas, Ultibro® uma vez por dia reduziu o uso de medicação de resgate em 1,01 jatos (puffs) por dia a partir da linha de base e fluticasona/salmeterol teve uma redução em 0,76 jatos (puffs) por dia a partir da linha de base. A diferença de 0,25 jatos (puffs) por dia foi estatisticamente significativa (p < 0,001) [7, 8,9].
Tolerância ao exercício
Em um estudo de 3 semanas [BRIGHT] onde a tolerância ao exercício foi aferida através de bicicleta ergométrica com uma carga submáxima (75%) (teste de tolerância ao exercício submáximo), Ultibro® administrado pela manhã, reduziu a hiperinsuflação dinâmica e melhorou a duração do exercício (tempo de exercício) a partir da primeira dose. No primeiro dia de tratamento a capacidade inspiratória durante o exercício melhorou significantemente (250 mL, p < 0,001) quando comparada ao placebo. Três semanas após o tratamento a melhora na capacidade inspiratória com Ultibro® foi maior (320 mL, p < 0,001) e o tempo de resistência ao exercício aumentou (59,5 segundos, p=0,006) quando comparado ao placebo [6]. Achados similares foram encontrados para tiotrópio.
Medidas do Volume Residual (VR) e da Capacidade Residual Funcional (CRF) através de Pletismografia dão sinais sobre o estreitamento das vias aéreas e refletem a presença de aprisionamento de ar, considerada uma característica típica da DPOC. No primeiro dia do tratamento, 60 minutos após a dose, Ultibro® reduziu o Volume Residual (VR) em 380 mL (p < 0,001) quando comparado ao placebo e a CRF em 350 mL (p < 0,001) quando comparado ao placebo. No dia 21, 60 minutos após a dose, reduções adicionais foram vistas para VR em 520 mL (p < 0,001) e CRF em 520 mL (p < 0,001) [6].
Referências Bibliográficas
1. QVA149A2303: [SHINE] A 26-week treatment multi-center, randomized, double-blind, parallel-group, placebo
and active controlled (open label) study to assess the efficacy, safety and tolerability of QVA149 (110/50 mg q.d.)
in patients with moderate to severe chronic obstructive pulmonary disease (COPD). Clinical Study Report QVA149 A2303. Novartis Pharma AG, Basel, Switzerland. 06-Jul-2012.
2 QVA149A2313: [ILLUMINATE] A 26-week treatment, multi-center, randomized, double-blind, double dummy, parallel-group study to assess the efficacy, safety and tolerability of QVA149 compared to fluticasone/salmeterol in patients with moderate to severe chronic obstructive pulmonary disease. Clinical Study Report QVA149A2313. Novartis Pharma AG, Basel, Switzerland. 9-Jul-2012.
3 QVA149A2304: [SPARK] A 64-week treatment, multi-center, randomized, double-blind, parallel-group, active controlled study to evaluate the effect of QVA149 (110/50 mg q.d.) vs NVA237 (50 mg q.d.) and open-label tiotropium (18 mg q.d.) on COPD exacerbations in patients with severe to very severe chronic obstructive pulmonary disease (COPD). Clinical Study Report QVA149 A2304. Novartis Pharma AG, Basel, Switzerland. 28Aug-2012.
4 QVA149A2307: [ENLIGHTEN] A multicenter, randomized, double-blind, placebo-controlled study, to assess the long term safety of 52 weeks treatment with QVA149 (110mg indacaterol/50mg glycopyrrolate) in patients with moderate to severe Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD). Clinical Study Report QVA149 A2307. Novartis Pharma AG, Basel, Switzerland.1-Jun-2012.
5 [Summary of Clinical Efficacy] Fixed dose combination of indacaterol maleate/glycopyrronium bromide. 2.7.3 Summary of Clinical Efficacy in Chronic Obstructive Pulmonary Disease. Novartis Pharma AG, Basel, Switzerland. 7-Sep-2012.
6 QVA149A2305: [BRIGHT] A randomized, blinded, double-dummy, multi-center, placebo controlled, 3 period, cross-over study to assess the effect of QVA149 (110/50 mg o.d.) on exercise endurance in patients with moderate to severe chronic obstructive pulmonary disease (COPD), using tiotropium as an active control. Clinical Study Report QVA149 A2305. Novartis Pharma Basel, Switzerland. 20-Jun-2012.
7 ULTIBRO™ BREEZHALER® (indacaterol maleate and glycopyrronium bromide) 2.5 Clinical Overview in Chronic Obstructive Pulmonary Disease. Novartis. 21-Jun-2016.
8 [Summary of Clinical Efficacy] Fixed dose combination of indacaterol maleate/glycopyrronium bromide. 2.7.3 Summary of Clinical Efficacy in Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD). Novartis. 31-May-2016.
9 [Summary of Clinical Safety] Fixed dose combination of indacaterol maleate/glycopyrronium bromide. 2.7.4 Summary of Clinical Safety in Chronic Obstructive Pulmonary Disease. Novartis. 10-Jun-2016.
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Grupo farmacoterapêutico, ATC
Grupo farmacoterapêutico: adrenérgicos em combinação com anticolinérgicos, código ATC: R03AL04.
Mecanismo de ação
Ultibro®
Quando o indacaterol e o glicopirrônio são administrados conjuntamente em Ultibro®, promovem um efeito aditivo na eficácia devido aos diferentes mecanismos de ação, atingindo diferentes receptores e vias para obter o relaxamento da musculatura lisa. Devido às diferentes densidades dos receptores beta2-adrenérgicos e dos receptores muscarínicos M3 em vias aéreas centrais versus vias aéreas periféricas, os beta2-adrenérgicos devem ser mais efetivos no relaxamento das vias aéreas periféricas, enquanto que os anticolinérgicos podem ser mais efetivos nas vias aéreas centrais. Portanto, para uma ótima broncodilatação em todas as regiões do pulmão humano, a combinação de um agonista beta2-adrenérgico e de um antagonista muscarínico pode ser benéfica.
A combinação de indacaterol e glicopirrônio de Ultibro® apresentou um rápido início de ação dentro de 5 minutos após a inalação. O efeito se manteve constante durante o intervalo de 24 h entre as doses.
Indacaterol
O indacaterol é um agonista beta2-adrenèrgico de "ultra" longa duração para administração uma vez ao dia. Os efeitos farmacológicos dos agonistas beta2-adrenérgicos, incluindo indacaterol, são pelo menos em parte atribuídos ao estímulo da adenilciclase intracelular, a enzima que catalisa a conversão do trifosfato de adenosina (ATP) para 3, 5-monofosfato cíclico de adenosina (AMPc). O aumento dos níveis de AMPc causam o relaxamento do músculo liso brônquico. Os estudos in vitro mostraram que o indacaterol tem atividade agonista nos receptores beta2 24 vezes maior que nos receptores beta1, e 20 vezes maior que nos receptores beta3. Este perfil seletivo é similar ao do formoterol. Quando inalado, o indacaterol age localmente nos pulmões como um broncodilatador. O indacaterol é um agonista quase completo dos receptores humanos beta2-adrenérgicos com potência nanomolar. Em brônquios humanos isolados, o indacaterol tem um rápido início de ação e uma longa duração. Embora os receptores beta2-adrenérgicos sejam os predominantes no músculo liso brônquico e os receptores beta1adrenérgicos sejam os predominantes no coração humano, há também receptores beta2-adrenérgicos no coração humano que correspondem de 10% a 50% do total dos receptores adrenérgicos. A função exata dos receptores beta2adrenérgicos no coração é desconhecida, mas sua presença aumenta a possibilidade de apresentar efeitos cardíacos, até mesmo os agonistas beta2-adrenérgicos altamente seletivos.
Glicopirrônio
O glicopirrônio é um antagonista dos receptores muscarínicos (anticolinérgico) de longa duração inalado uma vez ao dia, para manutenção do tratamento da DPOC. Os nervos parassimpáticos são as principais vias broncoconstritoras neurais nas vias aéreas e o tônus colinérgico é o componente reversível chave da obstrução ao fluxo aéreo na DPOC. O glicopirrônio funciona através do bloqueio da ação broncoconstritora da acetilcolina nas células do músculo liso das vias aéreas, dilatando desta forma as vias aéreas. Dos cinco subtipos de receptores muscarínicos conhecidos (M1-M5), apenas os subtipos M1-M3 tem uma função fisiológica definida no pulmão humano. O brometo de glicopirrônio é um antagonista muscarínico de alta afinidade destes 3 subtipos de receptores. Foi demonstrada uma seletividade de 4 a 5 vezes maior aos receptores humanos M3 e M1 em comparação com o receptor humano M2 em estudos de ligação competitiva. Ele tem um rápido início de ação conforme evidenciado por parâmetros cinéticos de associação/dissociação dos receptores e pelo início de ação após a inalação nos estudos clínicos. A ação de longa duração pode ser atribuída em parte à concentração da droga sustentada nos pulmões que se reflete na meia-vida de eliminação terminal do glicopirrônio após a inalação através do inalador de glicopirrônio em comparação com a meia-vida após administração intravenosa (IV) (vide "3. Características Farmacológicas", subitem "Eliminação"). Os dados farmacocinéticos do pulmão, em ratos após a inalação de brometo de glicopirrônio, apresentam evidências adicionais sobre isto.
Farmacodinâmica
Efeitos primários de farmacodinâmica
A combinação de indacaterol e glicopirrônio em Ultibro® demonstrou um rápido início de ação dentro de 5 minutos após a administração (vide item "2. Resultados de Eficácia", Tabela 2). O efeito permaneceu constante durante o intervalo de 24 horas (vide item "2. Resultados de Eficácia", Figura 1 e Figura 2). O efeito broncodilatador médio que derivou de uma série de medições de VEF1 durante 24 horas, foi de 0,32 L após 26 semanas de tratamento quando comparado ao placebo. O efeito foi significativamente maior para Ultibro® quando comparado com indacaterol, glicopirrônio ou tiotrópio isolados (diferença de 0,11 L, para cada comparação), (subgrupo de espirometria seriada). Não houve evidências de taquifilaxia ao usar Ultibro® ao longo do tempo, quando comparado com placebo ou com seus componentes em monoterapia.
Efeitos secundários de farmacodinâmica
Os efeitos adversos sistêmicos dos agonistas beta2-adrenérgicos inalatórios e dos antagonistas dos receptores muscarínicos inalatórios são resultado da ativação dos receptores sistêmicos beta2-adrenérgicos e do bloqueio dos receptores muscarínicos após a absorção sistêmica das drogas. O perfil dos efeitos adversos de Ultibro® foi investigado em voluntários sadios e em pacientes com DPOC.
Efeitos na frequência cardíaca
Efeitos na frequência cardíaca em voluntários sadios foram investigados após uma dose única de Ultibro® 440/220 mcg administradas em quatro etapas e doses separadas por uma hora, e comparadas com os efeitos do placebo, 600 mcg de indacaterol, 200 mcg de glicopirrônio mcg e 200 mcg de salmeterol.
O maior tempo combinado ao aumento da frequência cardíaca para Ultibro® comparado ao placebo foi de +5,69 bpm, sendo que a maior redução foi de -2,51 bpm. No geral, o efeito na frequência cardíaca durante o tempo, não demonstrou um efeito de farmacodinâmica consistente de Ultibro®. A frequência cardíaca em pacientes com DPOC em níveis de doses supra terapêuticas foi investigada em Ultibro® em doses de 150/100, 300/100 e 600/100 mcg. Não foram observados efeitos relevantes de Ultibro® sobre a frequência cardíaca média após 24 h e na frequência cardíaca avaliada após 30 min, 4 h e 24 h.
Intervalo QT
O intervalo QT completo (TQT) - estudo em voluntários sadios com doses inaladas de indacaterol de até 600 mcg não demonstrou um efeito clinicamente relevante no intervalo QT. Igualmente para o glicopirrônio, nenhum prolongamento do intervalo QT foi observado em estudo TQT após uma dose inalada de 400 mcg. Os efeitos de Ultibro® no intervalo QTc foram investigados em voluntários sadios após a inalação de Ultibro® 440/200 mcg em quatro passos de doses separadas por uma hora. O maior tempo mostrando diferença versus o placebo foi de 4,62 ms (90% IC 0,40; 8,85 ms), o maior tempo correspondente à diminuição foi de -2,71 ms (90% IC -6,97; 1,54 ms), indicando que Ultibro® não teve impacto relevante no intervalo QT, assim como era esperado pelas propriedades dos seus componentes. Em pacientes com DPOC, doses de até 600/100 mcg de Ultibro® também não tiveram influência aparente no intervalo QTc em avaliações repetidas de ECG, executadas entre 15 minutos e 24 horas após administração. Uma leve proporção aumentada de pacientes teve prolongamentos do intervalo QTc acima de 450 ms no grupo de Ultibro® 600/100 mcg. O número notável de alterações QTcF versus basal ( > 30 ms) foi semelhante em todos os grupos de tratamentos de ativo (Ultibro® 600/100 mcg, 300/100 mcg, 150/100 mcg e indacaterol 300 mcg), mas foi menor com placebo.
Potássio Sérico e Glicemia
Em voluntários sadios, após a administração de Ultibro® 440/200 mcg, o efeito no potássio sérico foi muito pequeno (diferença máxima - 0,14 mmol/L quando comparado ao placebo). O efeito máximo na glicose sanguínea foi de 0,67 mmol/L.
Farmacocinética (PK)
Absorção
Após a inalação de Ultibro®, o tempo médio para alcançar o pico das concentrações plasmáticas de indacaterol e glicopirrônio foi de aproximadamente 15 minutos e 5 minutos, respectivamente. Baseado nos dados in vitro, espera-se que a dose de indacaterol liberada no pulmão seja semelhante para Ultibro® 110/50 mcg e indacaterol 150 mcg em monoterapia. O estado de equilíbrio na exposição de indacaterol após a inalação de Ultibro® 110/50 mcg foi semelhante ou levemente mais baixa do que a exposição sistêmica após a inalação de indacaterol 150 mcg em monoterapia. A biodisponibilidade absoluta de indacaterol após a inalação de Ultibro® 110/50 mcg variou entre 47% a 66%, enquanto que a de glicopirrônio foi de aproximadamente 40%. O estado de equilíbrio na exposição de glicopirrônio após a inalação de Ultibro® 110/50 mcg foi semelhante à exposição sistêmica após a inalação de glicopirrônio 50 mcg em monoterapia.
Indacaterol
A concentração sérica de indacaterol aumentou com a administração de doses repetidas uma vez ao dia. O estado de equilíbrio foi atingido dentro de 12 a 15 dias. A razão do acúmulo médio de indacaterol, isto é, a ASC durante o intervalo de 24 horas no Dia 14 ou Dia 15 comparado ao Dia 1, foi de 2,9 a 3,8 para as doses entre 75 mcg e 600 mcg inaladas uma vez ao dia.
Glicopirrônio
A biodisponibilidade absoluta do glicopirrônio inalado através do inalador de glicopirrônio foi estimada em torno de 40%. Cerca de 90% da exposição sistêmica após a inalação é devida à absorção pulmonar e 10% devida à absorção gastrointestinal. A biodisponibilidade absoluta do glicopirrônio administrado oralmente foi estimada em torno de 5%. Após repetidas doses inaladas uma vez ao dia por pacientes com DPOC, o estado de equilíbrio farmacocinético de glicopirrônio foi alcançado dentro de uma semana de tratamento. O pico médio do estado de equilíbrio e as concentrações plasmáticas no nadir de glicopirrônio, em um regime de dose de 50 mcg uma vez ao dia, foram de 166 pg/mL e 8 pg/mL, respectivamente. Com doses de uma vez ao dia de 100 e 200 mcg, o estado de equilíbrio na exposição ao glicopirrônio (ASC acima do intervalo de dose) foi de cerca de 1,4 a 1,7 vezes maior que após a primeira dose. Dados de excreção urinária, no estado de equilíbrio comparados com a primeira dose, sugerem que a acumulação sistêmica é independente da dose no intervalo de dose de 25 a 200 mcg.
Distribuição
Indacaterol
Após infusão intravenosa, o volume de distribuição (Vz) de indacaterol foi de 2,361 a 2,557 L indicando uma ampla distribuição. In vitro, a ligação às proteínas do soro e do plasma humanos foi de 94,1 a 95,3% e 95,1 a 96,2%, respectivamente.
Glicopirrônio
Após a dose intravenosa, o volume de distribuição no estado de equilíbrio (Vss) de glicopirrônio foi de 83 L e o volume de distribuição na fase terminal (Vz) foi de 376 L. O volume aparente de distribuição na fase terminal após a inalação (Vz/F) foi de 7.310 L, que reflete uma eliminação muito mais lenta após a inalação. A ligação de glicopirrônio in vitro às proteínas plasmáticas humanas foi de 38% e 41% nas concentrações de 1 a 10 ng/mL. Estas concentrações foram ao menos 6 vezes maiores que o pico médio atingido no plasma no estado de equilíbrio para um regime de dose de 50 mcg uma vez ao dia.
Biotransformação/Metabolismo
Indacaterol
Após administração oral de indacaterol marcado radioativamente em um estudo ADME (absorção, distribuição, metabolização e excreção) em humanos, o indacaterol inalterado foi o principal componente no soro, responsável por aproximadamente um terço da ASC total relacionado à droga, durante 24 horas. Um derivado hidroxilado foi o metabólito mais proeminente no soro. Os O-glucoronídios fenólicos de indacaterol e o indacaterol hidroxilado foram os outros metabólitos proeminentes. Um diastereoisômero do derivado hidroxilado, um N-glucoronídeo de indacaterol e os produtos C-e N-dialquilados foram os outros metabólitos identificados. As investigações in vitro indicaram que a UGT1A1 é a única isoforma da UGT que metabolizou o indacaterol para Oglucoronídeo fenólico. Os metabólitos oxidativos foram encontrados em incubações com os CYP1A1, CYP2D6 e CYP3A4 recombinantes. Concluiu-se que a CYP3A4 foi a isoenzima predominante responsável pela hidroxilação do indacaterol. As investigações in vitro indicaram também que o indacaterol é um substrato de baixa afinidade para a bomba de fluxo de P-gp.
Glicopirrônio
Estudos de metabolismo in vitro mostraram vias metabólicas consistentes para o brometo de glicopirrônio entre animais e humanos. Nenhum metabólito específico humano foi encontrado. Foi observada hidroxilação resultando em uma variedade de metabólitos mono-e bi-hidroxilados e hidrólise direta, resultando na formação de derivados do ácido carboxílico (M9). Investigações in vitro mostraram que diversas isoenzimas CYP contribuem para biotransformação oxidativa do glicopirrônio. A hidrólise à M9 é provavelmente catalisada por membros da família da colinesterase. Após a inalação, a exposição sistêmica ao M9 foi, em média, na mesma ordem de magnitude do que a exposição ao fármaco inalterado. Uma vez que os estudos in vitro não mostraram metabolismo pulmonar e o M9 teve menor importância na circulação (cerca de 4% do Cmáx e ASC do fármaco inalterado) após a administração intravenosa, se assume que o M9 é formado a partir de frações de doses ingeridas de brometo de glicopirrônio inalado, pela hidrólise pré-sistêmica e/ou via metabolismo de primeira passagem. Após a inalação e também após administração intravenosa, apenas quantidades mínimas de M9 foram encontradas na urina (por ex.: ≤ 0,5% da dose). Glicuronídeos e/ou sulfatos conjugados do glicopirrônio foram encontrados na urina de humanos após repetidas doses inaladas, respondendo por cerca de 3% da dose.
Estudos inibitórios in vitro demonstraram que o brometo de glicopirrônio não teve capacidade relevante para inibir a CYP1A2, CYP2A6, CYP2C8, CYP2C9, CYP2C19, CYP2D6, CYP2E1 ou CYP3A4/5, os transportadores de efluxo MDR1, MRP2 ou MXR, e transportadores de captação OATP1B1, OATP1B3, OAT1, OAT3, OCT1 ou OCT2. Estudos de indução de enzimas in vitro não indicaram relevância clínica de indução do brometo de glicopirrônio a qualquer um das isoenzimas do citocromo P450 testadas tanto para UGT1A1 quanto para os transportadores MDR1 e MRP2.
Eliminação
Indacaterol
Nos estudos clínicos que incluíram coleta de urina, a quantidade de indacaterol inalterado excretada pela urina foi geralmente menor que 2% da dose. O clearance renal de indacaterol foi, em média, entre 0,46 e 1,20 L/h. Quando comparado ao clearance sérico de indacaterol de 18,8 a 23,3 L/h, é evidente que o clearance renal tem um papel menor (aproximadamente 2 a 6% do clearance sistêmico) na eliminação do indacaterol disponível sistemicamente. Em um estudo humano ADME, no qual o indacaterol foi administrado oralmente, a via fecal de excreção foi dominante sobre a via urinária. O indacaterol foi excretado nas fezes humanas principalmente como droga inalterada (54% da dose) e, de uma forma menor, os metabólitos hidroxilados do indacaterol (23% da dose). A contabilização foi completa
com ≥ 90% da dose recuperada nas excreções.
As concentrações séricas de indacaterol decaíram de uma maneira multifásica com uma meia-vida média terminal entre 45,5 a 126 horas. A meia-vida efetiva, calculada a partir da acumulação do indacaterol após doses repetidas foi de 40 a 56 horas, que são consistentes com o tempo do estado de equilíbrio observado aproximadamente de 12 a 15 dias.
Glicopirrônio
Após administração intravenosa de brometo de glicopirrônio marcado com isótopo de hidrogênio (H3) em humanos, a média de excreção urinária de radioatividade em 48 horas atingiu 85% da dose. Adicionais 5% da dose foram encontrados na bile. Portanto, o balanço da massa estava quase completo. A eliminação renal do fármaco inalterado somou cerca de 60 a 70% da depuração (clearance) total do glicopirrônio sistemicamente disponível enquanto que processos de depuração não renal somaram cerca de 30 a 40%. A depuração biliar contribuiu com a depuração não renal, no entanto pensa-se que a maioria da depuração não renal é devida ao metabolismo. Após a inalação de doses únicas entre 50 a 200 mcg de glicopirrônio, repetidas diariamente, por voluntários sadios e por
pacientes com DPOC, a média de clearence (depuração) renal do glicopirrônio ficou entre 17,4 e 24,4 L/h. A secreção tubular ativa contribui para a eliminação renal de glicopirrônio. Até 20% da dose foi encontrada na urina como fármaco inalterado. As concentrações plasmáticas de glicopirrônio diminuíram de forma multifásica. A média da meia-vida de eliminação terminal foi muito mais longa após a inalação (33 a 57 horas) do que após administração intravenosa (6,2 horas) e oral (2,8 horas). O padrão de eliminação sugere uma absorção pulmonar sustentada e/ou transferência do glicopirrônio para a circulação sistêmica e além de 24 horas após a inalação.
Linearidade/Não linearidade
Indacaterol
A exposição sistêmica ao indacaterol aumentou (150 mcg a 600 mcg) proporcionalmente com o aumento da dose. A exposição sistêmica resulta de uma combinação da absorção pulmonar e intestinal.
Glicopirrônio
Em pacientes com DPOC tanto a exposição sistêmica, quanto a excreção urinária total de glicopirrônio na farmacocinética no estado de equilíbrio aumentou quase que proporcionalmente à dose, entre as doses de 50 a 200 mcg.
Populações especiais
Ultibro®
Uma análise da farmacocinética em uma população de pacientes com DPOC após a inalação de Ultibro® não indicou nenhum efeito significante na idade, gênero e peso (massa magra), na exposição sistêmica ao indacaterol e ao glicopirrônio. O índice de massa corporal (que é uma correlação entre peso e altura) foi identificado como covariável. Uma correlação negativa entre a exposição sistêmica e o índice de massa corporal (ou peso corpóreo) foi observada; no entanto, nenhum ajuste de dose foi recomendado devido à magnitude da alteração ou da precisão preditiva do índice de massa corporal. Histórico de tabagismo e VEF1 basal não tiveram efeitos aparentes na exposição sistêmica de indacaterol e glicopirrônio após a inalação de Ultibro®.
Indacaterol
Uma análise populacional do efeito da idade, sexo e peso na exposição sistêmica em pacientes com DPOC após inalação indicou que o indacaterol pode ser usado seguramente em todos os grupos de idade e de peso e independente do sexo. A farmacocinética de indacaterol foi investigada em dois genótipos UGT1A1 diferentes - o genótipo [(TA)6, (TA)6] completamente funcional e o genótipo [(TA)7, (TA)7] de baixa atividade (síndrome de Gilbert genotípica). O estudo demonstrou que os estados de equilíbrio de ASC e Cmáx do indacaterol foram 1,2 vezes maior no genótipo [(TA)7, (TA)7], indicando que a exposição sistêmica do indacaterol é afetado de forma insignificante apenas por esta variação do genótipo UGT1A1.
Glicopirrônio
A análise farmacocinética populacional de dados de pacientes com DPOC identificou peso corporal e idade como fatores que contribuem para a variabilidade entre pacientes na exposição sistêmica. O glicopirrônio 50 mcg uma vez ao dia pode ser utilizado com segurança para grupos de todas as idades e peso corporal. Gênero, histórico de tabagismo e VEF1 basal não tiveram efeitos aparentes na exposição sistêmica.
Comprometimento hepático
Baseado nas características da farmacocinética clínica dos componentes em monoterapia, Ultibro® pode ser utilizado na dose recomendada em pacientes com comprometimento hepático leve a moderado. Não existem dados disponíveis para pessoas com comprometimento hepático grave. Indacaterol: Os pacientes com disfunção hepática leve a moderada não apresentaram mudança relevante no Cmáx ou ASC do indacaterol, bem como nenhuma diferença na ligação proteica entre os pacientes com disfunção hepática leve e moderada e seus controles saudáveis. Estudos em pacientes com disfunção hepática grave não foram realizad