SPEVIGO

BOEHRINGER

espesolimabe

Antipsoriásico.

Apresentações.

Solução para diluição para infusão de 450 mg de espesolimabe em 7,5 mL, correspondente a 60 mg/mL. Embalagem contendo 2 frascos-ampola com 7,5 mL cada.
USO INTRAVENOSO
USO ADULTO

Composição.

Cada frasco-ampola contém 450 mg de espesolimabe em 7,5 mL, correspondente a 60 mg/mL.
Excipientes: acetato de sódio tri-hidratado, ácido acético, sacarose, cloridrato de arginina, polissorbato 20, água para injetáveis.

Informações técnicas.

1. INDICAÇÕES
SPEVIGO é indicado para o tratamento de exacerbações de Psoríase Pustulosa Generalizada (PPG) em pacientes adultos.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
Estudo clínico Effisayil-11,4
Foi realizado um estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo (Effisayil-1) para avaliar a eficácia clínica e a segurança de SPEVIGO em pacientes adultos com exacerbações de Psoríase Pustulosa Generalizada (PPG), diagnosticada conforme critérios da Rede Europeia de Especialistas em Psoríase Rara e Grave (ERASPEN), independentemente do status de mutação de IL36RN. Os pacientes foram randomizados se apresentassem exacerbação de PPG de intensidade moderada a grave, definida pela pontuação total da Avaliação Global da Psoríase Pustulosa Generalizada pelo Médico (GPPGA na sigla em inglês) (que varia de 0 (normal) a 4 (grave)) de pelo menos 3 (moderado), presença de pústulas novas (novo aparecimento ou agravamento de pústulas), subpontuação de pústulas na GPPGA de pelo menos 2 (leve), e pelo menos 5% da área da superfície corporal (ASC) coberta por eritema e com presença de pústulas. Os pacientes tiveram que descontinuar a terapia sistêmica e tópica para PPG antes de receber o medicamento do estudo.

O desfecho primário do estudo foi a proporção de pacientes com subpontuação de pústulas na GPPGA de 0 (indicando nenhuma pústula visível) na Semana 1 após o tratamento. O desfecho secundário principal do estudo foi a proporção de pacientes com pontuação total na GPPGA de 0 ou 1 (pele normal ou quase normal) na Semana 1. Os desfechos secundários adicionais na Semana 4 foram a proporção de pacientes com redução de 75% na Área e Índice de Gravidade para Psoríase Pustulosa Generalizada (GPPASI 75, na sigla em inglês), e desfechos relatados pelo paciente incluindo mudança em relação ao valor basal na pontuação de Escala Visual Analógica da Dor (VAS, na sigla em inglês), mudança em relação ao valor basal na pontuação da Escala de Sintomas de Psoríase (PSS, na sigla em inglês) e mudança em relação ao valor basal na pontuação de fadiga da Avaliação Funcional da Terapia na Doença Crônica (FACIT, na sigla em inglês).
Um total de 53 pacientes foram randomizados (2:1) para receber uma única dose intravenosa de 900 mg de SPEVIGO (n= 35) ou placebo (n=18). Os pacientes, em ambos os braços de tratamento, que ainda apresentassem sintomas de exacerbação na Semana 1 foram elegíveis para receber uma dose única intravenosa de 900 mg de SPEVIGO em caráter aberto; doze pacientes (34%) no braço SPEVIGO receberam uma segunda dose do medicamento e 15 pacientes (83%) no braço placebo receberam uma dose de SPEVIGO no Dia 8. Além disso, 6 pacientes (4 no braço SPEVIGO; 2 no braço placebo) receberam tratamento de resgate com uma única dose intravenosa de 900 mg de SPEVIGO por recorrência de exacerbação após o Dia 8.
A população do estudo foi composta por 32% de homens e 68% de mulheres. A média de idade foi de 43 anos (intervalo: 21 a 69 anos de idade); 55% dos pacientes eram asiáticos e 45% eram caucasianos. A maioria dos pacientes incluídos no estudo apresentou uma subpontuação de pústulas na GPPGA de 3 (43%) ou 4 (36%), e os pacientes apresentaram pontuação total na GPPGA de 3 (81%) ou 4 (19%). 24,5% dos pacientes já haviam sido tratados previamente com terapia biológica para PPG.
Na Semana 1, houve uma diferença estatisticamente significativa na proporção de pacientes que alcançaram uma subpontuação de pústulas na GPPGA de 0 (indicando nenhuma pústula visível) e pontuação total na GPPGA de 0 ou 1 (pele normal ou quase normal) no braço SPEVIGO em comparação com o placebo (Tabela 2).

Em pacientes randomizados para SPEVIGO, o desaparecimento das pústulas (subpontuação de pústulas na GPPGA de 0) foi alcançado um dia após o tratamento em 11,4% (4/35) dos pacientes. O efeito de até duas
doses de SPEVIGO na subpontuação de pústulas na GPPGA e na pontuação total na GPPGA foi sustentado até a Semana 12 (Figuras 1 e 2).


Os resultados dos desfechos primário e secundário principal foram consistentes entre subgrupos, incluindo sexo, idade, raça, subpontuação de pústulas na GPPGA no período basal, pontuação total na GPPGA no período basal, status de mutação em IL36RN e independentemente de qualquer tratamento para PPG anterior à randomização.
Na Semana 4, 16 pacientes (46%) randomizados para SPEVIGO alcançaram um GPPASI 75.
Imunogenicidade1,2,3
Para informações sobre imunogenicidade, vide seção 9. REAÇÕES ADVERSAS.
Referências bibliográficas:
1. Clinical Overview, spesolimab concentrate for solution for infusion (60mg/mL), treatment of flares in adult patients with Generalized Pustular Psoriasis. 2021. (c32483261).
2. Summary of Clinical Safety - Treatment of flares in adult patients with Generalized Pustular Psoriasis. 2021. (c32483404).
3. Integrated Summary of Immunogenicity. 2021. (c35356518-01).
4. Bachelez H, Choon SE, Marrakchi S, Effisayil 1 Trial Investigators. Trial of Spesolimab for Generalized Pustular Psoriasis. N Engl J Med. 2021 Dec 23;385(26):2431-2440.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
• Mecanismo de ação
Espesolimabe, um antagonista do receptor da IL-36 (IL-36R), é um anticorpo monoclonal humanizado (imunoglobulina G1 (IgG1)) que bloqueia a sinalização do IL36R humano. A ligação de espesolimabe ao IL36R impede a ativação subsequente de IL36R por ligantes cognatos (IL36 a, b e c) e a ativação à jusante de vias pró-inflamatórias e pró-fibróticas. A via de sinalização de IL36R é diferente das vias inibitórias de TNF-a, integrina e IL-23 devido ao bloqueio direto e simultâneo tanto de vias inflamatórias como de vias pró-fibróticas. Mutações de perda de função de IL36RN (antagonista de IL36R) causam aumento generalizado da sinalização através da IL-36 e autoinflamação grave associada à PPG.
• Farmacodinâmica
Após o tratamento com SPEVIGO, em pacientes com PPG, foram observados níveis reduzidos de proteína C-reativa (PCR), interleucina (IL)-6, citocinas mediadas por células T helper (Th1/Th17), inflamação mediada por queratinócitos, mediadores neutrofílicos e citocinas pro-inflamatórias no soro e na pele na semana 1, em comparação com o basal e foram associados com uma redução da gravidade clínica. Essas reduções nos biomarcadores tornaram-se mais acentuadas na última medição, na semana 8, no estudo clínico Effisayil-1.
• Farmacocinética
Um modelo farmacocinético populacional foi desenvolvido com base nos dados coletados de indivíduos saudáveis, pacientes com PPG e pacientes com outras doenças. Após uma única dose intravenosa de 900 mg, a área sob a curva ASC0-∞ (IC 95%) estimada pelo modelo farmacocinético populacional e a concentração máxima (Cmáx) (IC 95%) em um paciente ADA-negativo típico com PPG foram 4750 (4510, 4970) m??dia/mL e 238 (218, 256) mg/mL, respectivamente. Em alguns pacientes com valores de título de ADA > 4000, as concentrações plasmáticas de espesolimabe foram reduzidas, sem impacto aparente na farmacocinética em títulos de ADA abaixo de 4000.
Distribuição
Com base na análise farmacocinética populacional, o volume típico de distribuição em estado de equilíbrio foi de 6,4 L.
Biotransformação
A via metabólica do espesolimabe não foi caracterizada. Como um anticorpo monoclonal humanizado IgG1, espera-se que o espesolimabe seja degradado em pequenos peptídeos e aminoácidos através de vias catabólicas de forma semelhante à IgG endógena.
Eliminação
Na faixa de dose linear (0,3-20 mg/kg), com base no modelo farmacocinético populacional, a depuração de espesolimabe (IC 95%) foi de 0,184 (0,175, 0,194) L/dia, em um paciente típico de PPG sem ADA e pesando 70 kg. A meia-vida terminal foi de 25,5 (24,4, 26,3) dias. A depuração do espesolimabe apresentou-se aumentada em alguns pacientes com valores de título de ADA > 4000.
Linearidade/não linearidade
Em doses baixas, espesolimabe apresentou cinética de target-mediated drug disposition (TMDD na sigla em inglês) após a administração de dose única intravenosa. Nas doses de 0,01 a 0,3 mg/kg, tanto a depuração (clearance -CL, na sigla em inglês) quanto a meia-vida terminal foram dose-dependentes, e a exposição sistêmica (ASC) aumentou mais do que a dose proporcionalmente com a dose.
A saturação da via de eliminação não linear ocorreu com cerca de 0,3 mg/kg, pois a ASC do espesolimabe aumentou aproximadamente de forma linear com dose de 0,3 a 20 mg/kg, e a depuração e a meia-vida terminal foram independentes da dose.
Farmacocinética em populações especiais
Idosos / Gênero / Raça:
com base em análises farmacocinéticas populacionais, idade, gênero e raça não exercem efeito na farmacocinética do espesolimabe.
Comprometimento hepático e renal: visto que é um anticorpo monoclonal, não se espera eliminação hepática ou renal de espesolimabe. Não foi realizado um estudo formal do efeito do comprometimento hepático ou renal na farmacocinética do espesolimabe.
Peso corporal: as concentrações de espesolimabe foram menores em indivíduos com maior peso corporal. O impacto clínico do peso corporal nas concentrações plasmáticas de espesolimabe é desconhecido.
População pediátrica: a farmacocinética do espesolimabe em pacientes pediátricos ainda não foi estudada.
Interações Medicamentosas (estudos)
Não foram realizados estudos formais de interações medicamentosas com espesolimabe.
• Toxicologia
Os dados pré-clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano.
Os estudos toxicológicos de dose repetida foram realizados em camundongos usando um anticorpo monoclonal substituto anti-IL36R específico do camundongo por injeção intravenosa, duas vezes por semana, durante 26 semanas em uma dose (50 mg/kg) que foi 5 vezes maior do que a dose que foi protetora em um modelo experimental de inflamação colônica do camundongo. Não foram observadas alterações adversas no peso corporal, consumo alimentar ou observações clínicas nesta dose. Não foram observados efeitos adversos quanto aos parâmetros da patologia clínica, incluindo hematologia, imunofenotipagem, bioquímica e histopatologia, inclusive em tecidos linfoides.
A especificidade de ligação do espesolimabe aos tecidos humanos foi avaliada em estudo de reatividade cruzada tecidual. Não foi observada ligação inesperada em tecido.
Toxicidade no Desenvolvimento e Reprodução
Estudos pré-clínicos realizados em camundongos utilizando um anticorpo substituto direcionado para IL-36R murina não indicaram efeitos nocivos diretos ou indiretos em relação à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal ou fertilidade, em doses intravenosas de até 50 mg/kg duas vezes por semana.
Genotoxicidade
Não foram realizados estudos de genotoxicidade com espesolimabe.
Carcinogenicidade
Não foram realizados estudos de carcinogenicidade e mutagenicidade com espesolimabe.

4. CONTRAINDICAÇÕES
Este medicamento é contraindicado em casos de hipersensibilidade grave ou com risco de vida ao SPEVIGO ou a qualquer um de seus excipientes (vide seção de Composição e 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Rastreabilidade:
de modo a melhorar a rastreabilidade de medicamentos biológicos, o nome comercial e o número do lote administrado de SPEVIGO devem ser claramente registrados no prontuário do paciente. Infecções: SPEVIGO pode aumentar o risco de infecções. Durante a semana 1 do estudo Effisayil-1, período em que houve o controle por placebo, as infecções foram relatadas em 17,1% dos pacientes tratados com SPEVIGO em comparação a 5,6% dos pacientes tratados com placebo (vide 9. REAÇÕES ADVERSAS).
Em pacientes com infecção crônica ou histórico de infecção recidivante, os riscos potenciais e os benefícios clínicos esperados do tratamento devem ser considerados antes de prescrever SPEVIGO. O tratamento com SPEVIGO não deve ser iniciado em pacientes com qualquer infecção ativa clinicamente importante até que a infecção se resolva ou seja tratada adequadamente. Os pacientes devem ser instruídos a procurar orientação médica se os sinais ou sintomas de infecção clinicamente importante ocorrerem após o tratamento com SPEVIGO.
Avaliação pré-tratamento para tuberculose: os pacientes devem ser avaliados quanto a infecção por tuberculose (TB) antes de iniciar o tratamento com SPEVIGO.
SPEVIGO não deve ser administrado a pacientes com infecção ativa por tuberculose.
A terapia anti-TB deve ser considerada antes do início do tratamento com SPEVIGO em pacientes com TB latente ou histórico de TB em que um curso adequado de tratamento não possa ser confirmado. Após o tratamento com SPEVIGO, os pacientes devem ser monitorados quanto aos sinais e sintomas de TB ativa.
Hipersensibilidade e reações relacionadas à infusão: hipersensibilidade e reações relacionadas à infusão podem ocorrer com anticorpos monoclonais como SPEVIGO. A hipersensibilidade pode incluir reações imediatas, como anafilaxia e reações tardias, como reação medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS, da sigla em inglês). Se um paciente desenvolver sinais de anafilaxia ou outra hipersensibilidade grave, SPEVIGO deve ser descontinuado imediatamente e o tratamento adequado deve ser iniciado (vide 4. CONTRAINDICAÇÕES). Se um paciente desenvolver uma reação leve ou moderada relacionada à infusão, o uso de SPEVIGO deve ser interrompido e a terapia médica apropriada deve ser considerada (por exemplo, anti-histamínicos sistêmicos e/ou corticosteroides). Após a resolução da reação, a infusão pode ser reiniciada a uma taxa de infusão mais lenta com aumento gradual para completar a infusão (vide 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR).
Uso em pacientes com exacerbações de Psoríase Pustulosa Generalizada (PPG) imediatas e com risco de vida: não há experiência do uso de espesolimabe em pacientes com um surto imediato de PPG com risco de vida ou um surto que requer tratamento intensivo.
Uso concomitante com outros tratamentos para PPG: a segurança e eficácia de espesolimabe em combinação com imunossupressores, incluindo biológicos, não foram avaliadas sistematicamente (vide 2. RESULTADOS DE EFICÁCIA). No estudo clínico de tratamento de exacerbação de PPG, houve um período de washout para a maioria dos outros tratamentos (biológicos, outros tratamentos imunomoduladores sistêmicos), enquanto alguns tratamentos foram descontinuados antes do início do tratamento com espesolimabe sem necessidade de período de washout (metotrexato, ciclosporina, retinoides, tratamentos tópicos) (vide 2. RESULTADOS DE EFICÁCIA). O uso concomitante de outros imunossupressores e espesolimabe não é recomendado. No início do tratamento com espesolimabe, outros tratamentos de PPG devem ser interrompidos e outros tratamentos (por exemplo, com imunossupressores sistêmicos) não devem ser usados concomitantemente para tratar a exacerbação, a menos que o benefício previsto supere os riscos potenciais.
Retratamento: estão disponíveis dados de eficácia e segurança muito limitados para retratamento com espesolimabe para uma nova exacerbação de PPG subsequente. Os dados estão disponíveis para cinco pacientes com PPG que receberam retratamento após uma nova exacerbação subsequente, com acompanhamento mínimo de 8 semanas.
Imunizações: não foram realizados estudos específicos em pacientes que receberam recentemente vacinas virais vivas ou bacterianas vivas. O intervalo entre a vacinação com vacinas vivas e o início da terapia com SPEVIGO deve ser de pelo menos 4 semanas. As vacinas vivas não devem ser administradas por pelo menos 16 semanas após o tratamento com SPEVIGO.
Neuropatia periférica: O potencial de desenvolvimento de neuropatia periférica com SPEVIGO é desconhecido. Casos de neuropatia periférica foram relatados em estudos clínicos com espesolimabe. Os médicos devem estar atentos para sintomas potencialmente indicativos de neuropatia periférica de início recente.
Excipientes:
Este medicamento contém menos de 1 mmol de sódio (23 mg) por dose de 900 mg, ou seja, é essencialmente "livre de sódio".
Atenção diabéticos: contém açúcar (sacarose).
• Gravidez, Lactação e Fertilidade
Gravidez: Os dados limitados sobre o uso de SPEVIGO em mulheres grávidas são insuficientes para determinar se existem riscos do medicamento relacionados à gravidez. A IgG humana é conhecida por atravessar a barreira placentária; portanto, SPEVIGO pode ser transmitido da mãe para o feto em desenvolvimento. Estudos pré-clínicos utilizando um anticorpo monoclonal substituto anti-IL36R específico do camundongo não indicam efeitos nocivos diretos ou indiretos em relação à toxicidade reprodutiva (vide seção "Segurança não-clínica" em 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS). Como medida de precaução, recomenda-se evitar o uso de SPEVIGO durante a gestação, a menos que o benefício clínico esperado supere claramente os riscos potenciais.
Lactação: não se sabe se o espesolimabe é excretado no leite humano. Não há dados quanto aos efeitos sobre o bebê amamentado ou sobre os efeitos na produção de leite. Espesolimabe é um anticorpo monoclonal e espera-se que esteja presente no leite humano. Um risco para recém-nascidos/bebês não pode ser excluído. Deve ser tomada uma decisão quanto a descontinuar a amamentação ou se abster da terapia com SPEVIGO levando em consideração o benefício da amamentação para a criança e o benefício da terapia para a mulher.
Fertilidade: não existem dados disponíveis sobre o efeito do espesolimabe na fertilidade humana. Estudos pré-clínicos em camundongos usando um anticorpo monoclonal substituto anti-IL36R específico do camundongo não indicam efeitos nocivos diretos ou indiretos em relação à fertilidade devido ao antagonismo do IL36R.
SPEVIGO está classificado na categoria C de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Efeitos na capacidade de dirigir e operar máquinas
SPEVIGO não exerce influência ou exerce uma influência não significativa sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas.
• Pacientes pediátricos
A segurança e a eficácia de SPEVIGO em crianças menores de 18 anos não foram estabelecidas. Não existem dados disponíveis.
• Pacientes idosos
Não é necessário ajuste de dose. Há informações limitadas em pacientes com 65 anos de idade ou mais.
• Pacientes com comprometimento renal e/ou hepático
SPEVIGO não foi estudado nessas populações de pacientes.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Não foram realizados estudos de interação.
As vacinas vivas não devem ser administradas simultaneamente com SPEVIGO (vide seção 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
A experiência com a utilização de espesolimabe em combinação com imunossupressores em pacientes com PPG é limitada (vide 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Mantenha sob refrigeração (temperatura entre 2 °C e 8 °C), protegido da luz. Não congelar.
Antes do uso, o frasco fechado pode ser mantido em temperatura até 30°C por até 24 horas, desde que armazenado na embalagem original, a fim de proteger da luz.
O prazo de validade de SPEVIGO é de 36 meses partir da data de fabricação.
Se não for administrado imediatamente, refrigerar a solução diluída de 2°C a 8°C, por não mais de 4 horas. Proteja da luz. (para mais informações, vide 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
SPEVIGO é uma solução incolor a levemente marrom-amarelada, clara a levemente opalescente. Se a solução estiver turva, descolorida ou conter partículas grandes ou coloridas, o frasco deve ser descartado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR
O tratamento com SPEVIGO deve ser iniciado e supervisionado por médicos experientes no cuidado aos pacientes com doenças inflamatórias da pele.
• Posologia
A dose recomendada de SPEVIGO é uma dose única de 900 mg (2 frascos de 450 mg/7,5 mL) administrada como uma infusão intravenosa, com tempo de administração não inferior a 90 minutos. Se os sintomas de exacerbação persistirem, uma dose adicional de 900 mg pode ser administrada 1 semana após a dose inicial, com tempo de administração também não inferior a 90 minutos.
Os dados clínicos para o tratamento de exacerbações subsequentes são muito limitados (vide 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). Os dados clínicos para o uso concomitante de outros tratamentos de PPG com espesolimabe são limitados. Espesolimabe não deve ser usado em combinação com outros tratamentos de PPG, por exemplo imunossupressores sistêmicos, para tratar uma exacerbação (vide 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES e 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
• Modo de usar
SPEVIGO deve ser diluído antes do uso (vide subseção Instruções de Uso).
SPEVIGO é administrado como uma infusão intravenosa contínua através de uma linha intravenosa contendo um filtro estéril, não pirogênico, de baixa ligação proteica (tamanho de poros de 0,2 mícron) ao longo de 90 minutos.
No caso da infusão ser desacelerada ou temporariamente interrompida, o tempo total de infusão (incluindo o tempo de parada) não deve exceder 180 minutos (vide 5. ADVERTÊNCIA E PRECAUÇÕES).
• Instruções de uso
A solução deve ser visualmente inspecionada antes da utilização. Para informações sobre a cor da solução e cuidados de armazenamento, vide seção 7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO.
Deve ser usada técnica asséptica para o preparo da solução para infusão. Extraia e descarte 15 mL de um recipiente de 100 mL de solução estéril de cloreto de sódio 0,9% e substitua lentamente por 15 mL de SPEVIGO (conteúdo completo de dois frascos de 450 mg/7,5 mL). Misture delicadamente antes de usar. A solução para infusão diluída de SPEVIGO deve ser usada imediatamente.
SPEVIGO não deve ser misturado com outros medicamentos. Uma linha intravenosa preexistente pode ser usada para administração de SPEVIGO. A linha deve ser lavada com solução estéril de cloreto de sódio 0,9% antes e no final da infusão. Nenhuma outra infusão deve ser administrada em paralelo através do mesmo acesso intravenoso.
SPEVIGO é apenas para uso único e não contém conservantes.
Se não for administrado imediatamente, refrigerar a solução diluída de 2°C a 8°C, por não mais de 4 horas. Proteja da luz.
Não foram observadas incompatibilidades entre SPEVIGO e os conjuntos de infusão compostos de polivinil cloreto (PVC), polietileno (PE), polipropileno (PP), polibutadieno e poliuretano (PUR), e membranas de filtro em linha compostas de polietersulfona (PES, neutra e positivamente carregada) e poliamida positivamente carregada (PA).
• Populações especiais
Pacientes idosos
Não é necessário ajuste de dose. Há informações limitadas em pacientes com 65 anos de idade ou mais.
Pacientes com comprometimento renal e/ou hepático
SPEVIGO não foi estudado nessas populações de pacientes.

9. REAÇÕES ADVERSAS
Resumo do perfil de segurança
Os dados de segurança apresentados a seguir são baseados no Effisayil-1, um estudo clínico randomizado e duplo-cego que compara uma única dose intravenosa de 900 mg de SPEVIGO (n=35) com placebo (n=18) em pacientes com Psoríase Pustulosa Generalizada (PPG) por até 12 semanas após o tratamento e quatro estudos clínicos duplo-cegos, controlados por placebo, de 254 pacientes tratados com espesolimabe que receberam doses intravenosas ou subcutâneas de até 1200 mg de espesolimabe para outras doenças.
As reações adversas mais frequentes associadas a SPEVIGO são infecções.
Resumo tabulado das reações adversas
As reações adversas apresentadas a seguir são classificadas conforme suas frequências, as quais são definidas como: reação muito comum (≥ 1/10), reação comum (≥ 1/100 - < 1/10), reação incomum (≥ 1/1.000 - < 1/100), reação rara (≥ 1/10.000 - < 1/1.000), reação muito rara ( < 1/10.000) e reação com frequência desconhecida (não pode ser estimada com base nos dados disponíveis).

Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
Descrição de reações adversas selecionadas
Infecções:
Durante a semana 1 do estudo Effisayil-1, período em que houve controle por placebo, as infecções foram relatadas em 17,1% dos pacientes tratados com SPEVIGO em comparação a 5,6% dos pacientes tratados com placebo. Infecção grave (infecção do trato urinário) foi relatada em 1 paciente (2,9%) no grupo SPEVIGO e em nenhum paciente no grupo placebo. As infecções observadas em estudos clínicos com espesolimabe foram geralmente leves a moderadas, sem padrão estabelecido em relação ao patógeno ou tipo de infecção.
Reações no local da injeção: as reações no local da injeção incluem eritema, inchaço, dor, endurecimento e calor. As reações no local da injeção foram geralmente de gravidade leve a moderada.
Imunogenicidade
Como acontece com todas as proteínas terapêuticas, existe potencial para imunogenicidade. A detecção de formação de anticorpos é altamente dependente da sensibilidade e especificidade do ensaio.
Em pacientes com PPG tratados com espesolimabe no estudo Effisayil-1, anticorpos antimedicamento (ADA, na sigla em inglês) formaram-se com um início mediano de 2,3 semanas. Após a administração intravenosa de 900 mg de espesolimabe, 24% dos pacientes apresentaram um título máximo de ADA maior que 4000 e foram positivos para anticorpos neutralizantes (Nab, na sigla em inglês) até o final do estudo (Semanas 12 a 17). As mulheres pareceram ter maior imunogenicidade; a porcentagem de indivíduos com título de ADA superior a 4000 foi de 30% em mulheres e 12% em homens, respectivamente.
Em indivíduos com títulos de ADA abaixo de 4000, não houve impacto aparente na farmacocinética do espesolimabe. Na maioria dos indivíduos com valores de título de ADA superiores a 4000, as concentrações plasmáticas de espesolimabe foram significativamente reduzidas após atingir este título de ADA.
Como a maioria dos pacientes não apresentou uma nova exacerbação subsequente no estudo Effisayil-1, os dados sobre retratamento de pacientes com ADA (n = 4) são limitados. Atualmente, se desconhece se existe uma correlação entre a presença de ADA e a manutenção da eficácia ou reações de hipersensibilidade após novo tratamento com espesolimabe.

10. SUPERDOSE
Não existe experiência clínica com superdose de SPEVIGO.
A maior dose de SPEVIGO administrada em estudos clínicos foi de 1200 mg. Eventos adversos observados em indivíduos que recebem doses únicas ou repetidas de até 1200 mg foram consistentes com o perfil de segurança conhecido de SPEVIGO.
Em caso de superdosagem, recomenda-se que o paciente seja monitorado para que quaisquer sinais ou sintomas de reações adversas e tratamento sintomático sejam instituídos de maneira adequada.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Dizeres legais.

MS 1.0367.0179
Uso restrito a hospitais
Venda sob prescrição médica

Princípios Ativos de Spevigo

Patologias de Spevigo

Laboratório que produce Spevigo