MENOPUR
FERRING
menotropina
Hormonoterapia.
Apresentações.
Embalagens com 1 frascosampola de pó liofilizado contendo menotropina (LH 75 U.I. + FSH 75 U.I.) e 1 ampola com 1ml de diluente.
USO ADULTO
Composição.
Ingredientes ativos
Cada frascoampola de pó liofilizado contém 37,5 mcg de menotropina (correspondente a LH 75 U.I. + FSH 75 U.I.).
Ingredientes inativos
Cada ampola de pó liofilizado contém lactose monoidratada, polissorbato 20 e hidróxido de sódio.
Cada ampola de diluente de 1 ml contém cloreto de sódio, ácido clorídrico diluído e água para injetáveis.
Informações técnicas.
Características Farmacológicas
Propriedades farmacodinâmicas
Menopur® é uma menotropina, que contém 75 UI de FSH e 75 UI de LH altamente purificados.
A menotropina contém tanto a atividade do FSH quanto a atividade do LH, induzindo o crescimento folicular ovariano, o seu desenvolvimento e também a produção de esteroides das gônadas nas mulheres que não possuem deficiência ovariana primária. O FSH é o primeiro a participar do recrutamento e do crescimento no início da foliculogênese, enquanto que o LH é importante para a esteroido gênese e está envolvido nos eventos fisiológicos levando ao desenvolvimento de um folículo pré-ovulatório adequado.
O crescimento folicular pode ser estimulado pelo FSH, mesmo na ausência total do LH, porém, os folículos resultantes desenvolvemse com anormalidades e estão associados a baixos níveis de estradiol e na incapacidade de luteinização para um estímulo ovulatório normal.
De acordo com a atividade do LH em aumentar a esteroidogênese, os níveis de estradiol associados ao tratamento com Menopur® são maiores do que com as preparações de FSH recombinante em ciclos de supressão (downregulation) para FIV/ICSI. Este fato deve ser considerado durante a monitorização da resposta das pacientes, baseado nos níveis de estradiol. A diferença nos níveis de estradiol não é encontrada quando se utiliza um protocolo de indução da ovulação com baixa dosagem, em pacientes anovulatórias.
Propriedades farmacocinéticas
O perfil farmacocinético do FSH de Menopur® foi documentado. Após 7 dias de doses repetidas com 150 U.I. de Menopur® em voluntárias saudáveis submetidas à supressão, a concentração máxima no plasma de FSH (linha basal) (média ± DP) para a administração SC e IM foi respectivamente 8,9 ± 3,5 U.I./L e 8,5 ± 3,2 U.I./L. As concentrações máximas de FSH foram atingidas dentro de 7 horas por ambas as vias de administração.
Após administrações repetidas, o FSH foi eliminado com meia vida (média ± DP) de 30 ± 11 horas e 27 ± 9 horas para a administração SC e IM respectivamente. Apesar da concentração individual do LH versus as curvas de tempo mostrarem um aumento na concentração do LH após a administração de Menopur®, os dados disponíveis são muito escassos para serem objetos de análise da farmacocinética.
A menotropina é excretada basicamente pelos rins.
Não foi investigada a farmacocinética de Menopur® em pacientes com disfunção hepática ou renal.
Indicações.
Mulheres:
- Esterilidade em mulheres com insuficiência ovariana hipo - ou normogonadotrófica: estimulação do crescimento folicular, incluindo mulheres com síndrome de ovário policístico que não responderam ao tratamento com citrato de clomifeno. Assim, tais pacientes requerem hiperestimulação controlada para induzir o desenvolvimento de folículos múltiplos em programas de fertilização assistida (por exemplo fertilização in vitro / transferência de embrião (FIV/TE), transferência de gameta intrafalopiano (GIFT) e injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI).
Homens:
- Esterilidade em homens com hipogonadismo hipo - ou normogonadotrófico: em combinação com HCG (gonadotropina coriônica humana, (Choragon®), para estimular a espermatogênese.
Resultados de eficácia.
Estudos comprovam que a Menotropina (Menopur®) representa uma alternativa viável, devido a aplicação conveniente e o custobenefício serem maiores em relação ao FSHr (hormônio folículo estimulante recombinante).1 A eficácia de Menopur® pode ser comprovada com base nos dados de estudos realizados com este propósito, nos quais podese verificar que a taxa de gravidez em curso é maior com o uso de menotropina do que com o FSHr1:
Outros estudos que compararam a efetividade de menotropina com FSHr em protocolos de estimulação ovariana de fertilização in vitro (FIV) ou injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) demonstraram que: 2
A segurança e a quantidade total de gonadotropina utilizada mostramse comparáveis. Como a menotropina é de menor custo, uma análise de custobenefício é esperada em favor da menotropina em ciclos de reprodução assistida em mulheres com supressão da hipófise. Por consequência, no ato da prescrição de gonadotropinas para hiperestimulação ovariana em FIV, devese usar a medicação mais acessível, no caso
o Menopur®. 2
Outros estudos randomizados comprovaram que Menopur® (menotropina) é tão eficaz e seguro quanto o FSHrecombinante (FSHr).1,2 A segurança também foi comprovada, uma vez que as diferenças estatísticas não foram significativas quanto às taxas de aborto, gravidez múltipla, ciclos cancelados e síndrome da hiperestimulação ovariana.1,2
Com base nos resultados apresentados em estudos publicados, conforme segue:
Referências bibliográficas
1 Klauss Diedrich et al. Fertility & Sterility, vol. 78, n° 3. September 2002. 2 Van Wely M et al. The Cochrane Library, issue 1, 2003. Oxford:Update Software.
Contraindicações.
Em Mulheres:
- tumores na glândula pituitária ou no hipotálamo;
- tumores no útero, ovários e mamas
- gravidez e lactação; sangramento ginecológico de etiologia desconhecida;
- hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes utilizados na formulação.
- aumento dos ovários ou cistos que não tenham sido causados por síndrome de ovário policístico;
-níveis altos de LH e FSH indicando uma insuficiência ovariana primária;
Nas situações abaixo, o tratamento não é favorável e, portanto Menopur® não deve ser administrado:
falência primária ovariana;
má-formação de órgãos sexuais incompatíveis com a gravidez;
tumor fibroide do útero incompatível com a gravidez.
Em Homens:
- câncer de próstata;
- tumores no testículo.
As seguintes condições devem ser apropriadamente tratadas antes do início da terapia com a menotropina:
- disfunções da glândula tireoide e do córtex da glândula supra-renal;
- aumento do nível sérico de prolactina com diferentes causas (hiperprolactinemia);
- tumores na glândula pituitária ou no diencéfalo (hipotálamo).
Advertências e precauções.
O HCG e a menotropina não devem ser administrados para induzir a ovulação em mulheres cujos ovários foram involuntariamente hiperestimulados.
Menopur® é uma substância gonadotrópica capaz de causar reações adversas e sua utilização deve ser indicada somente por médicos que estejam familiarizados com os problemas de infertilidade e seu tratamento.
A terapia com a menotropina requer a monitorização da resposta ovariana verificada apenas pela ultrassonografia ou em combinação com a mensuração do nível de estradiol sanguíneo. Existe uma variabilidade considerável entre os pacientes frente à resposta da menotropina, alguns pacientes apresentarbaixa resposta.
Pacientes que estão sob estímulo do crescimento folicular para técnicas de reprodução assistida, podem apresentar aumento ovariano ou desenvolver hiperestimulação. Seguir exatamente a posologia prescrita pode minimizar a incidência de tais eventos. Os dados sobre desenvolvimento e maturação do folículo requerem a cuidadosa interpretação de um médico experiente nestes dados relevantes.
Gravidez múltipla
Em pacientes que estão sob indução da ovulação com gonadotropinas, a incidência de gravidez múltipla é aumentada comparandose com os casos de concepção natural. Na maioria dos casos de concepção múltipla são de gêmeos. Para minimizar o risco de gravidez múltipla, devese monitorar cuidadosamente a resposta ovariana.
Em mulheres que estão submetendose a hiperestimulação controlada para induzir o desenvolvimento de folículos múltiplos em programas de fertilização assistida, o risco de gravidez múltipla está basicamente relacionada à quantidade de embriões transferidos, à sua qualidade e à idade da paciente.
A paciente deve ser avisada do risco potencial de nascimentos múltiplos, antes de iniciar o tratamento.
Perda da gravidez
A incidência de perda da gravidez por abortos é maior em pacientes que estão submetendose a hiperestimulação controlada para induzir o desenvolvimento de folículos múltiplos em programas de fertilização assistida, do que na população normal.
Gravidez ectópica
Mulheres que possuem histórico de doença tubária correm o risco de gravidez ectópica, tanto nos casos de gravidez por concepção espontânea ou em tratamento de fertilidade. A prevalência de gravidez ectópica após FIV foi reportada em 2 a 5%, comparandose à 1 a 1,5% da população em geral.
Neoplasia no sistema reprodutivo
Há relatos de neoplasia no sistema reprodutivo, tanto benigno quanto maligno, em mulheres que se submeteram múltiplos tratamentos de infertilidade. Ainda não está estabelecido se o tratamento com gonadotropinas aumenta o risco destes tumores em mulheres inférteis.
Má-formação congênita
A prevalência de má-formações congênitas após hiperestimulação controlada para induzir o desenvolvimento de folículos múltiplos em programas de fertilização assistida, pode ser um pouco maior do que em concepções espontâneas. Isto ocorre devido a diferenças em características por parentesco (isto é, idade da mãe, características do esperma) e gravidezes múltiplas.
Eventos tromboembólicos
Mulheres com fatores de risco conhecidos a eventos tromboembólicos, tais como histórico pessoal ou familiar, obesidade severa (Índice de Massa Corpórea - IMC > 30 kg/m2) ou trombofilia podem ter maior probabilidade de eventos de tromboembolia venosa ou arterial, durante ou após o tratamento com gonadotropinas.
Nestas mulheres, devese avaliar o riscobenefício da administração da gonadotropina. Devese também observar o fato de que a gravidez por si só, também aumenta o risco de eventos tromboembólicos.
Uso em idosos e crianças
Menopur® é um medicamento de uso adulto, o qual não têm indicação abrangente para utilização em idosos e crianças.
Gravidez e Lactação
Menopur® não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou lactentes.
Interações medicamentosas.
A interação com outros medicamentos é desconhecida. O uso concomitante de Menopur® com o citrato de clomifeno pode aumentar a resposta folicular. Quando for utilizado um agonista de GnRH para a dessensibilização da pituitária, uma dose mais alta de Menopur® deve ser necessária para atingir uma resposta folicular adequada.
A menotropina pode ser injetada junto com o HCG (gonadotropina coriônica humana - Choragon®) no tratamento da infertilidade masculina.
Alterações nos exames laboratoriais
Exceto a determinação dos níveis hormonais de testosterona e estrógenos e progesterona não há registros de alterações em outros exames laboratoriais.
Cuidados de armazenamento.
Menopur® deve ser armazenado em temperatura ambiente (temperatura entre 15°C e 30°C) e protegido da luz; nestas condições permanece viável para uso por 3 anos, a partir da sua data de fabricação impressa na embalagem.
Lote, data de fabricação e validade: vide embalagem do produto
Posologia e modo de usar.
Abrir a ampola do diluente. Aspirar o seu conteúdo (1 ml) em seringa esterilizada e introduzir o diluente no frascoampola com o pó de Menopur®. Completada a dissolução, aspirar o líquido e injetar.
A solução reconstituída deve ser imediatamente aplicada por via subcutânea ou intramuscular.
Para evitar um grande volume de injeções, até 3 (três) frascosampola do pó podem ser reconstituídos (dissolvidos) com uma ampola de diluente de 1 ml. Deve ser evitada a agitação vigorosa. A solução não deve ser utilizada caso contenha partículas ou não esteja límpida.
Posologia
Existe uma grande variação na resposta ao tratamento com menotropinas exógenas. Portanto, é muito difícil definir um esquema posológico, sendo assim, a dosagem deve ser ajustada individualmente dependendo da resposta ovariana.
Menopur® pode ser utilizado sozinho ou em combinação com agonistas ou antagonistas de hormônios liberadores de gonadotropinas (GnRH).
Na Mulher:
A dosagem de Menopur® para indução do crescimento folicular em procedimentos de baixa complexidade (coito programado e inseminação intrauterina) em mulheres normo ou hipogonadotróficas tem variação individual. A quantidade depende da reação ovariana e deve ser definida através de exames ultrassonográficos dos ovários e mensuração dos níveis de estradiol.
Se a dosagem de Menopur® for muito alta, podem ocorrer crescimentos foliculares uni e bilaterais múltiplos.
Em geral, a terapia com Menopur® é iniciada dentro dos 7 primeiros dias do ciclo menstrual com uma dosagem inicial diária correspondente a 75-150 U.I. de FSH. Se os ovários não respondem, a dosagem pode ser gradativamente aumentada até surgirem evidências de aumento da secreção de estradiol e de crescimento folicular. O ajuste na dose não deve ser feito em frequência maior que 7 dias. O tratamento com a mesma dosagem de Menopur® é continuado até atingirse um nível sérico de estradiol préovulatório. Se o nível aumentar muito rapidamente, a dosagem deve ser reduzida. A dose máxima diária não deve ultrapassar 225 U.I. Caso a paciente não responda adequadamente após 4 semanas de tratamento, o tratamento deve ser reiniciado com uma dosagem inicial maior do que a do ciclo anterior.
Para induzir a ovulação, após uma resposta ótima do tratamento com Menopur®, utilizase 5.000 ou 10.000 U.I. de HCG (gonadotropina coriônica Choragon®) injetado por via intramuscular, 1 dia após a última administração de Menopur®.
Importante: recomendase que a paciente tenha relação sexual no dia e no dia seguinte da administração do HCG. Como alternativa, a inseminação intrauterina pode ser realizada.
OBSERVAÇÃO: Após a administração de uma dose muito alta de Menopur®, a administração subseqüente de HCG pode causar uma hiperestimulação involuntária dos ovários. Neste caso, o tratamento deve ser interrompido tanto com Menopur® ou com HCG e a paciente deverá utilizar um método anticoncepcional de barreira (por exemplo: camisinha) ou evitar relações sexuais até o início da próxima menstruação.
A dosagem de Menopur® para a hiperestimulação controlada para induzir o desenvolvimento de folículos múltiplos em programas de fertilização assistida (FIV = fertilização in vitro / ICSI = injeção intracitoplasmática de espermatozoides), pode variar de pessoa para pessoa.
De um modo geral podem ser recomendados os seguintes esquemas posológicos:
Quando for utilizado agonista de GnRH em depósito, a terapia com Menopur® deve ser iniciada aproximadamente 2 semanas após o início do tratamento com o agonista. A dose inicial recomendada de Menopur® é 150 - 225 U.I. por, pelo menos, 5 dias iniciais do tratamento. Baseado na monitorização clínica (ultrassonografia do ovário em combinação ou não com a mensuração do nível de estradiol sanguíneo) as doses subsequentes devem ser ajustadas de acordo com a resposta individual e não devem exceder a quantidade de 150 U.I. por ajuste. A dosagem máxima diária não deve exceder 450 U.I. por dia e na maioria dos casos não é recomendado a utilização acima de 20 dias.
Caso não seja utilizado o agonista de GnRH, a terapia com Menopur® deve ser iniciada no 2° ou 3° dia do ciclo menstrual. É recomendada a utilização de esquemas de variação de doses acima citadas.
Quando um número adequado de folículos atingir um tamanho apropriado, uma única injeção de 10.000 U.I. de HCG deve ser administrada para induzir a maturação folicular final, na preparação de recuperação de oócito. As pacientes devem ser cuidadosamente monitoradas por, pelo menos, 2 semanas após a administração de HCG. Caso seja obtida uma resposta em excesso de Menopur®, devese interromper o tratamento e descontinuar o uso de HCG e as pacientes devem utilizar um método contraceptivo de barreira (por exemplo: camisinha) ou evitar relações sexuais até iniciarse a próxima menstruação.
No Homem:
Inicialmente, 1.000 - 3.000 U.I. de HCG (gonadotropina coriônica, Choragon®) são administrados 3 vezes por semana, até atingirse um nível sérico de testosterona normal. Então, 75-150 U.I. de Menopur® são administradas 3 vezes por semana, por alguns meses e de acordo com o critério médico.
O médico deverá orientar a/o paciente quanto ao protocolo de uso, para que não haja comprometimento do sucesso terapêutico.
Reações adversas.
Os eventos adversos mais comumente relatados durante o tratamento com Menopur® em estudos clínico são: dor abdominal, cefaleia, dor e reações no local da injeção, com incidência de cerca de 10%. Na tabela abaixo, seguem as principais reações adversas em mulheres tratadas com Menopur® em estudos clínicos.
Pode também ocorrer: febre, ascite, hidrotórax, oliguria, hipotensão e fenômenos tromboembólicos.
Em casos muito raros, a utilização a longo prazo, pode causar a formação de anticorpos tornando o tratamento ineficaz.
Superdose.
Os sintomas da superdosagem não são conhecidos, porém, podese esperar a ocorrência da síndrome de hiperestimulação ovariana (SHO).
Dizeres legais.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Reg. M.S.: 1.2876.0011