FLUSAN
EUROFARMA
fluoruracila
Antineoplásico.
Apresentações.
Solução Injetável
Embalagens contendo 50 frascos ampola com 10 mL.
Embalagens contendo 20 frascos ampola com 20 mL.
Uso intravenoso
USO ADULTO
Composição.
Cada 1 mL contém: fluoruracila 50 mg, excipientes q.s.p. 1 mL. Excipientes: hidróxido de sódio e água para injeção.
Informações técnicas.
CARACTERÍSTICAS
O Flusan (fluoruracila) inibe a divisão celular através do bloqueio da síntese do DNA (inibição enzimática) e pela formação de um RNA estruturalmente defeituoso (incorporação do fluoruracila).
Farmacocinética.
Absorção:
A biodisponibilidade do fluoruracila sofre variações intra e interindividuais.
Distribuição:
O volume de distribuição varia de 0,2-0,5 l/kg; 10% do fluoruracila ligam-se às proteínas plasmáticas. Após administração IV, o fluoruracila é distribuído nos tumores, mucosa intestinal, medula óssea, fígado e outros tecidos do organismo. Apesar de sua solubilidade limitada, o fluoruracila difunde-se pela barreira hematoencefálica e alcança o líquido cérebro-espinhal e o tecido cerebral. As concentrações no tecido tumoral e líquido cérebroespinhal podem ser maiores que no plasma.
Metabolismo:
O fluoruracila é metabolizado principalmente no fígado para produtos inativos incluindo, dióxido de carbono, uréia e a-fluoro-b-alanina.
Eliminação:
Menos de 15% da dose administrada é excretada inalterada na urina em 6 horas, sendo 90% dentro da primeira hora; 60-90% do fluoruracila marcado radioativamente são excretados juntamente com o CO2 respiratório. A meiavida de eliminação do fluoruracila é de 5-20 minutos e dose-dependente.
Farmacocinética em situações clínicas especiais:
Apenas uma pequena proporção (15%) do fluoruracila é excretada pelos rins. No entanto, devido à função prejudicada da medula óssea na azotemia (como resultado da insuficiência do rim), um ajuste de dose apropriado ao grau de insuficiência e a reação individual do paciente deve ser considerada. Como o fluoruracila é metabolizado principalmente no fígado, uma redução na dosagem deve ser considerada quando a função hepática está prejudicada.
Indicações.
Tratamento paliativo de tumores malignos, especialmente reto, cólon e mama, e também estômago, pâncreas, fígado (tumores primários), útero (especialmente cérvix), ovário e bexiga. O Flusan (fluoruracila) não substitui cirurgia ou outras formas reconhecidas de tratamento e deve ser utilizado apenas quando estas medidas não forem possíveis ou tenham sido tentadas e fracassadas.
Resultados de eficácia.
Um evidente efeito inibitório no crescimento de vários tumores transplantados foi observado em animais. Na prática clínica, remissões temporárias e parciais associadas a uma melhora subjetiva e alívio da dor, podem ser alcançadas em certos tipos de tumores.
Eficácia do fluoruracila nas indicacoes aprovadas no Brasil:
- Reto: 94% (associado com cisplatina)
- Cólon: 35% (associado com folinato de cálcio e irinotecano)
- Mama: 20-40%, 60-80% (associado com doxorrubicina, ciclofosfamida e metotrexato)
- Estômago: paliativo (5-15% de sobrevida em 5 anos)
- Pâncreas: 43% de sobrevida em 2 anos (associado com ressecção cirúrgica e radioterapia)
- Fígado: 40% de resposta, 15-30% de sobrevida em 5 anos
- Útero: 97,6% de resposta, 66% de sobrevida em 2-3 anos
- Ovário: 19% (associado com hexmetilamina, ciclofosfamida e metotrexato).
- Bexiga: 63-89% (associado com doxorrubicina e levamisol)
Contraindicações.
O uso deste medicamento é contraindicado em caso de hipersensibilidade conhecida a fluoruracila e/ou demais componentes da formulação.
Efeitos adversos no desenvolvimento fetal foram observados nos estudos em animais. Embora não exista evidência de prejuízo ao feto humano, fluoruracila é estritamente contraindicado durante a gravidez.
Desconhece-se se fluoruracila é excretada no leite materno. Contudo, mulheres em uso de fluoruracila não devem amamentar.
Advertências e precauções.
O tratamento deve ser interrompido imediatamente se os seguintes sintomas ocorrerem: estomatite, mucosite, diarréia severa ou vômito, ulceração gastrintestinal ou sangramento; contagem leucocitária inferior a 3.000/mm3; contagem plaquetária inferior a 80.000/mm3; toxicidade do sistema nervoso central e periférico incluindo ataxia e tremor; toxicidade cardíaca. O tratamento não deve ser reiniciado antes do desaparecimento dos sintomas.
Nos casos de toxicidade severa gastrintestinal, cardíaca ou neurológica a reintrodução do fluoruracila, em geral, não é recomendada.
Hemogramas freqüentes (a cada dois ou três dias) são essenciais durante o tratamento inicial. Durante a manutenção, um hemograma deve ser realizado antes de cada dose. As doses para o tratamento inicial devem ser reduzidas em 1/3 ou à metade nos pacientes com situação nutricional precária, naqueles submetidos à cirurgia de grande porte nos últimos 30 dias e naqueles com depressão da medula óssea (leucócitos inferior a 4.000/mm3 e plaquetas inferior a 100.000/mm3) ou com severo prejuízo das funções hepática e renal. Uma associação entre a deficiência de dihidropirimidina desidrogenase (DPD) e o aumento dos efeitos tóxicos do fluoruracila não pode ser excluída.
Quando fluoruracila é combinado a outros agentes citostáticos com perfil semelhante de efeitos adversos ou radioterapia, a dose recomendada deve ser sempre reduzida.
Flusan (fluoruracila) pode também ser administrado em infusão continua de 24 horas (5-7,5 mg/kg ou 200 a 300 mg/m3 diários).
O Flusan (fluoruracila) é irritante. O contato com a pele e mucosas deve ser evitado. Se ocorrer contato com os olhos: lave imediatamente com água e entre em contato com um médico. Se ocorrer contato com a pele: lave com água e sabão e remova imediatamente a roupa contaminada. Se ocorrer ingestão ou inalação: procure imediatamente um médico.
É estritamente contraindicado o uso durante a gravidez.
FDA: categoria D. existe evidência positiva de risco para fetos humanos, mas os beneficios em certas situações (por ex., situações ameaçadoras à vida ou doenças graves para as quais drogas mais seguras não podem ser usadas ou não são eficazes) podem tornar o uso aceitável a despeito do risco.
Desconhece-se se fluoruracila é excretada no leite materno. Contudo, mulheres em uso de fluoruracila não devem amamentar.
Interações medicamentosas.
Interações medicamentosas: resultando em potencialização da toxicidade foram relatadas em associação com a administração concomitante de fluoruracila e outros agentes anticâncer (por exemplo, interteron alfa 2a, ciclofosfamida, vincristina, metotrexato, cisplatina, adriamicina, levamisol ou folinato de cálcio).
Uma síndrome hemolítica-urêmica foi relatada após uso prolongado do fluoruracila em combinação com mitomicina.
Influência nos testes diagnósticos: dosagens de bilirrubina (índices ictéricos) e de ácido 5-hidroxindol acético na urina podem se mostrar aumentadas ou falso-positivas.
Cuidados de armazenamento.
Os frascos-ampola de Flusan (fluoruracila) devem ser armazenados à temperatura ambiente (15 a 30°C).
Se um precipitado se formar devido ao armazenamento a baixas temperaturas, convém aquecer cuidadosamente os frascos-ampola até 60°C, agitando-os em seguida.
Flusan (fluoruracila) pode ser diluído com um das seguintes soluções: cloreto de sódio a 0,9% e glicose a 5%. Após diluição a solução é estável por 14 dias em temperatura ambiente (15 a 30°C).
PRAZO DE VALIDADE
O prazo de validade do medicamento encontra-se na embalagem externa. Não utilize este medicamento após a data de validade.
Lote, data de fabricação e validade: vide embalagem externa.
Posologia e modo de usar.
O Flusan (fluoruracila) pode ser administrado em infusão ou injeção intravenosa. Na administração parenteral a dose diária total não deve exceder 1g.
A duração do tratamento deve ser determinada por um especialista dependendo do tipo e evolução do tratamento.
MODO DE USAR
MODO DE USO E CONSERVAÇÃO DEPOIS DE ABERTO.
O Flusan (fluoruracila) só deve ser utilizado sob orientação de especialista com larga experiência em quimioterapia antineoplásica.
Conservação: Os frascos-ampola de Flusan (fluoruracila) devem ser armazenados à temperatura ambiente (15 a 30°C). Se um precipitado se formar devido ao armazenamento a baixas temperaturas, convém aquecer cuidadosamente os frascos-ampola até 60°C, agitando-os em seguida.
Os frascos-ampola de Flusan (fluoruracila) devem ser manuseados apenas por pessoal treinado e habilitado. Assim como todos os agentes citotóxicos, precauções devem ser tomadas para evitar a exposição de funcionárias gravidas ao agente.
A solução ou infusão deve ser preparada em área apropriadamente designada e, de preferência, sob fluxo laminar. Deve-se utilizar proteção para os olhos, luvas, máscara e avental descartáveis e estéreis.
Seringas e material para infusão devem ser estéreis e cuidadosamente manuseados e montados para evitar vazamentos e contaminação.
Todas as superfícies expostas devem ser limpas, lavando-se em seguida as mãos e o rosto.
Todas as agulhas utilizadas devem ser colocadas em recipiente apropriado e todos os outros itens descartáveis colocados em plástico que deve ser incinerado juntamente com o restante do lixo clínico.
Dose Padrão:
1.Tratamento inicial:
a) Infusão
15 mg/kg ou 600 mg/m² (máximo 1 g por dose) administrados diariamente por infusão intravenosa por 4 horas; 750 mg de fluoruracila podem ser diluídos em 250 ml de uma das seguintes soluções: cloreto de sódio a 0,9% e glicose a 5%.
Uma vez diluída, a solução deve ser utilizada em até 14 dias. As infusões são repetidas diariamente até que os primeiros efeitos adversos apareçam (estomatite, diarréia, leucopenia e/ou trombocitopenia); o tratamento é então descontinuado. Uma vez que os efeitos gastrintestinais tenham desaparecido, a contagem leucocitária tenha novamente aumentado para 3000-4000/mm3 e a contagem plaquetária aumentada para 80.000-100.000/ mm3 o tratamento de manutenção deve ser iniciado (veja no próximo item).
b) Injeção
12 mg/kg ou 480 mg/m² administrados por injeção intravenosa lenta diária, em três dias consecutivos. Se sinais de toxicidade não ocorrerem (estomatite, diarréia, leucopenia e/ou trombocitopenia), o paciente receberá então 6 mg/kg ou 240 mg/m² IV nos dias 5, 7 e 9 desde que sinais de toxicidade não apareçam durante o tratamento. Se o tratamento for bem tolerado, deve-se iniciar a fase de manutenção.
De outra maneira, a manutenção deverá ser adiada até que os efeitos colaterais tenham desaparecido. Injeções 'em bolo' devem ser evitadas.
c) Esquema alternativo
15 mg/kg ou 600 mg/m² uma vez por semana na forma de injeção intravenosa. Efeitos colaterais são, em geral, discretos. Após a ocorrência da remissão, o tratamento de manutenção deve ser iniciado.
2. Tratamento de manutenção:
Injeção:
5-10 mg/kg ou 200-400 mg/m² IV uma vez por semana. Embora os sintomas tóxicos sejam raros, eles são um fator limitante no tratamento.
3. Instruções especiais
O primeiro ciclo de tratamento deve ser administrado em regime hospitalar ou sob a supervisão de um especialista.
Se a função da medula óssea estiver reduzida (contagem leucocitária inferior a 4.000/mm3, plaquetas inferior a 100.000/mm3), se houver prejuízo severo da função hepática e renal, ou perda de peso importante, a dose deve ser reduzida à metade ou a 1/3.
Em pacientes obesos, ou com edema, ascite ou outras formas de retenção hídrica que resultem em ganho de peso, a dose deve ser baseada no peso normal do paciente ou em sua superfície corpórea normal.
A administração do Flusan (fluoruracila) deve ser imediatamente interrompida na ocorrência de quaisquer dos sintomas ou sinais abaixo:
- Toxicidade gastrintestinal, como estomatite, mucosite, diarréia severa ou vômito, ulceração gastrintestinal ou sangramento.
- Toxicidade hematológica: contagem leucocitária inferior a 3.000/mm3, contagem plaquetária inferior a 80.000/mm3.
- Toxicidade central ou do sistema nervoso periférico incluindo ataxia e tremor.
- Toxicidade cardíaca.
O tratamento não deve ser reintroduzido até que os efeitos colaterais tenham desaparecido.
Em geral a decisão de reintroduzir o tratamento depende do grau de recuperação da toxicidade e da condição do paciente.
Nos casos de toxicidade severa gastrintestinal, cardíaca ou neurológica a reintrodução do Flusan (fluoruracila) não é recomendada.
Quando fluoruracila é combinado a outros agentes citostáticos com perfil semelhante de efeitos adversos ou radioterapia, a dose recomendada deve ser sempre reduzida.
Flusan (fluoruracila) pode também ser administrado em infusão continua de 24 horas (5-7,5 mg/kg ou 200 a 300 mg/m3 diários).
Reações adversas.
Reações adversas e alterações de exames laboratoriais
-Trato gastrintestinal.
Comuns: anorexia, náusea, vômito, estomatite, mucosite, diarréia.
Raros: sangramento, prejuízo hepatocelular. Em raríssimos casos observou-se necrose hepática fatal.
- Pele.
Comum: alopécia.
Raros: exantema, dermatite, eritema palmo-plantar, hiperpigmentação, fotossensibilidade, urticária. Casos isolados de alterações ungueais, incluindo perda das unhas, foram relatados.
- Sistema cardiovascular.
Muito raro: precordialgia, arritmias cardíacas, infarto do miocárdio, isquemia e insuficiência cardíaca, resultando em óbito em raros episódios.
- Sistema nervoso central.
Raros: ataxia, disartria, nistagmo, desorientação, confusão, euforia e neurite óptica. Casos de disfunção cerebelar, extrapiramidal e cortical, os quais são geralmente reversíveis, foram relatados.
Casos isolados de leucoencefalopatia têm sido relatados.
- Sistema hematopoiético.
Mais comum: leucopenia com neutropenia, anemia, trombocitopenia.
Raros: anemia hemolítica, agranulocitose, pancitopenia.
Devido à imunossupressão, pacientes tratados com fluoruracila podem desenvolver algumas infecções sérias.
- Olhos.
Raro: lacrimejamento é o primeiro sinal de estenose do ducto lacrimal.
- Outros.
Raros: broncoespasmo, choque anafilático. Se ocorrer choque anafilático, deve-se empregar as medidas usuais para seu controle. Diarréia em geral responde a agentes antidiarréicos. Náuseas e vômito descontrolados podem ser tratados com agentes antieméticos. Se o tratamento com o Flusan (fluoruracila) for interrompido resolução gradual do eritema palmoplantar ocorre em 5 a 7 dias. Alternativamente, síndrome palmo-plantar pode ser tratada com administração oral concomitante de piridoxina nas doses de 100 a 150 mg/dia.
Superdose.
Os principais sintomas são náusea, vômito, diarréia, estomatite, hemorragia, leucopenia e/ou trombocitopenia.
Medidas adequadas de controle: interrupção do tratamento ou redução da dose e dependendo dos sintomas, transfusões sangüíneas, transfusões de leucócitos ou plaquetas e tratamento anti-infeccioso.
Pacientes idosos.
Se a função da medula óssea estiver reduzida (contagem leucocitária inferior a 4.000/mm3, plaquetas inferior a 100.000/mm3), se houver prejuízo severo da função hepática e renal, perda de peso importante ou situação nutricional precária, a dose deve ser reduzida à metade ou a 1/3.
Em pacientes obesos, com edema, ascite ou outras formas de retenção hídrica que resultem em ganho de peso, a dose deve ser baseada no peso normal do paciente ou em sua superfície corpórea normal.
Dizeres legais.
Venda sob prescrição médica.
M.S.: 1.0043.1041