ERELZI
SANDOZ
etanercepte
Anti-reumático. Antipsoriásico.
Apresentações.
Cartucho contendo 4 seringas preenchidas com dispositivo de segurança da agulha com solução injetável contendo 50 mg de etanercepte em 1,0 mL de solução.
Cartucho contendo 4 seringas preenchidas em sistema aplicador (caneta preenchida SensoReady) com solução injetável contendo 50 mg de etanercepte em 1,0 mL de solução.
USO SUBCUTÂNEO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO A PARTIR DE 8 ANOS DE IDADE E 62,5 KG DE PESO
Composição.
Cada seringa preenchida de 50 mg de Erelzi contém: etanercepte 50 mg, excipientes q.s.p. 1,0 mL (ácido cítrico, citrato de sódio di-hidratado, cloreto de sódio, sacarose, cloridrato de lisina, hidróxido de sódio, ácido clorídrico e água para injetáveis).
Cada seringa preenchida em sistema aplicador de 50 mg de Erelzi contém: etanercepte 50 mg excipientes q.s.p. 1,0 mL (ácido cítrico, citrato de sódio di-hidratado, cloreto de sódio, sacarose, cloridrato de lisina, hidróxido de sódio, ácido clorídrico e água para injetáveis).
Informações técnicas.
1. INDICAÇÕES
• Artrite reumatoide
Erelzi (etanercepte) está indicado para redução dos sinais e sintomas e inibição da progressão do dano estrutural em pacientes com artrite reumatoide ativa moderada a grave.
Erelzi pode ser iniciado em associação ao metotrexato ou em monoterapia.
Erelzi está indicado no tratamento da artrite reumatoide ativa moderada a grave, quando a resposta a um ou mais DMARDs (drogas modificadoras da doença artrite reumatoide) se mostrar insatisfatória.
• Artrite psoriásica
Erelzi é indicado na inibição do dano estrutural e na redução de sinais e sintomas de pacientes com artrite psoriásica.
• Espondilite anquilosante
Erelzi é indicado para redução dos sinais e sintomas em pacientes com espondilite anquilosante ativa.
• Espondiloartrite axial não radiográfica
Erelzi é indicado para o tratamento de adultos com espondiloartrite axial não radiográfica grave com sinais de inflamação, conforme indicado pela elevação de proteína C reativa (PCR) e/ou alteração à ressonância magnética, que tenham apresentado uma resposta inadequada ou que são intolerantes à terapia convencional.
• Psoríase em placas
Erelzi é indicado para o tratamento de pacientes adultos (18 anos ou mais) com psoríase crônica em placas moderada a grave que são candidatos a terapia sistêmica ou fototerapia.
• Psoríase em placas pediátrica
Erelzi é indicado para o tratamento de psoríase crônica grave em placas em crianças e adolescentes a partir de 8 anos de idade que estão inadequadamente controlados ou são intolerantes a outra terapia sistêmica ou fototerapia.
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
Erelzi é um medicamento biológico desenvolvido pela via da comparabilidade (biossimilar). O programa de desenvolvimento do produto foi projetado para demonstrar a comparabilidade entre o Erelzi e o medicamento comparador Enbrel® PFS.
Resultados de eficácia do produto biológico comparador
Pacientes adultos com artrite reumatoide
A eficácia de Enbrel® PFS foi avaliada em um estudo randomizado, duplo cego, controlado por placebo. O estudo avaliou 234 pacientes adultos com artrite reumatoide ativa, que apresentaram falhas na terapia com, pelo menos uma, mas não mais do que quatro drogas modificadoras da doença artrite reumatoide (DMARDs). Doses de 10 mg ou 25 mg de Enbrel® PFS ou placebo foram administradas por via subcutânea duas vezes por semana, durante 6 meses consecutivos. Os resultados desse estudo controlado foram expressos em porcentagem de melhora na artrite reumatoide usando os critérios de resposta do Colégio Americano de Reumatologia (ACR). Respostas ACR 20 e 50 foram superiores em pacientes tratados com Enbrel® PFS no mês 3 e no mês 6 comparado aos pacientes tratados com placebo (ACR 20: Enbrel® PFS 62% e 59%, placebo 23% e 11%, no mês 3 e no mês 6, respectivamente; ACR 50: Enbrel® PFS 41% e 40%, placebo 8% e 5% em 3 e 6 meses, respectivamente, p < 0,01 Enbrel® PFS vs. Placebo em todos os pontos temporais para ambas as respostas, ACR 20 e ACR 50).
Cerca de 15% dos indivíduos que receberam Enbrel® PFS atingiram uma resposta ACR 70, no mês 3 e no mês 6, em comparação com menos de 5% dos indivíduos que receberam placebo. Entre os pacientes que receberam tratamento com Enbrel® PFS, as respostas clínicas surgiram geralmente dentro de 1 a 2 semanas após o início do tratamento e quase sempre duraram por 3 meses. Enbrel® PFS foi significativamente melhor que placebo em todos os componentes dos critérios do ACR, bem como outras medidas de atividade de artrite reumatoide não incluídas nos critérios de resposta ACR, tal como a rigidez matinal. O Health Assessment Questionnaire (HAQ), que incluiu incapacidade, vitalidade, saúde mental, estado geral de saúde, e status dos subdomínios de saúde associado a artrite foi administrado a cada 3 meses durante o estudo. Todos os subdomínios do HAQ mostraram melhora no grupo tratado com Enbrel® PFS comparativamente ao grupo controle, em 3 e 6 meses.
Após a interrupção do uso de Enbrel® PFS, os sintomas da artrite geralmente reapareceram dentro de um mês. Baseado em resultados de estudos abertos, observou-se que a reintrodução do tratamento com Enbrel® PFS após períodos de descontinuações de, no máximo, 24 meses resultou na mesma magnitude das respostas que em pacientes que receberam Enbrel® PFS sem interrupção. Respostas duráveis continuadas foram observadas por até 10 anos em estudos de extensão abertos, quando os pacientes receberam tratamento com Enbrel® PFS sem interrupção.
A eficácia de Enbrel® PFS foi comparada ao metotrexato em um segundo estudo randomizado, controlado, com avaliações radiográficas cegas como desfecho primário em 632 pacientes adultos com artrite reumatoide ativa ( < 3 anos de duração), que nunca tinham recebido tratamento com metotrexato. Doses de 10 mg ou 25 mg de Enbrel® PFS foram administradas por via subcutânea duas vezes por semana durante um período máximo de 24 meses. As doses de metotrexato foram escalonadas a partir de 7,5 mg/semana até um máximo de 20 mg/semana durante as primeiras 8 semanas do estudo e mantida até um máximo de 24 meses. A melhora clínica, incluindo início da ação do Enbrel® PFS 25 mg em 2 semanas, foi semelhante ao observado nos estudos anteriores, e foi mantida durante um período máximo de 24 meses. No início do estudo, os pacientes tinham um grau de incapacidade moderado, com média de pontuação de 1,4 a 1,5 no HAQ. O tratamento com Enbrel® PFS 25 mg resultou numa melhoria substancial em 12 meses, com cerca de 44% dos pacientes alcançando uma pontuação normal no HAQ (menor que 0,5). Esta melhora manteve-se no Ano 2 do estudo.
Neste estudo, a lesão articular estrutural foi avaliada por radiografia e expressa como alteração na Pontuação Total de Sharp (TSS) e seus componentes, o grau de erosão e o estreitamento do espaço articular (EEA). Foram analisadas radiografias das mãos / punhos e pés no início do estudo, em 6, 12 e 24 meses. A dose de 10 mg de Enbrel® PFS apresentou consistentemente menor efeito sobre danos estruturais do que a dose de 25 mg. Enbrel® PFS 25 mg foi significativamente superior ao metotrexato no grau de erosão para 12 e 24 meses. As diferenças entre metotrexato e Enbrel® PFS 25 mg no TSS e no EEA não foram estatisticamente significativas. Os resultados são mostrados na figura abaixo.
Em outro estudo controlado, duplo cego, randomizado, a eficácia clínica, a segurança e a progressão radiográfica na artrite reumatoide em pacientes tratados somente com Enbrel® PFS (25 mg duas vezes por semana), somente com metotrexato (7,5 a 20 mg semanalmente, mediana de 20 mg) e com a associação de Enbrel® PFS e metotrexato iniciados concomitantemente foram comparados a 682 pacientes adultos com artrite reumatoide ativa de 6 meses a 20 anos de duração (mediana de 5 anos) que tiveram pelo menos uma resposta satisfatória à DMARD, com exceção ao metotrexato.
Pacientes do grupo tratado com a associação de Enbrel® PFS e metotrexato tiveram respostas significativamente maiores de ACR 20, ACR 50 E ACR 70 e melhoria nas pontuações DAS E HAQ nas Semanas 24 e 52 comparados aos pacientes dos grupos que receberam Enbrel® PFS isolado ou metotrexato isolado (resultados apresentados na tabela abaixo). A associação de Enbrel® PFS com metotrexato também apresentou vantagens em relação à monoterapia com Enbrel® PFS e à monoterapia com metotrexato após 24 meses.
A progressão radiográfica em 12 meses foi significativamente menor no grupo tratado com Enbrel® PFS que no grupo tratado com metotrexato, enquanto que o grupo que recebeu a associação foi significativamente melhor na desaceleração da progressão radiográfica que os grupos em monoterapia.
Vantagens significativas para o uso de Enbrel® PFS em associação ao metotrexato em comparação ao uso isolado de Enbrel® PFS e ao uso isolado de metotrexato também foram observadas após 24 meses. Do mesmo modo, também foram observadas vantagens significativas para Enbrel® PFS em monoterapia comparativamente a metotrexato em monoterapia após 24 meses.
Em uma análise na qual todos os pacientes que foram retirados do estudo por qualquer razão foram considerados como tendo progredido, a porcentagem de pacientes que não apresentaram progressão da doença (alteração ETS ≤ 0,5) aos 24 meses foi superior no grupo tratado com Enbrel® PFS associado ao metotrexato comparado aos grupos que receberam ou somente Enbrel® PFS ou somente metotrexato (62%, 50% e 36%, respectivamente, p < 0,05). A diferença entre somente Enbrel® PFS e somente metotrexato também foi significante (p < 0,05). Entre os pacientes que completaram a terapia total de 24 meses no estudo, as taxas de não progressão foram 78%, 70% e 61%, respectivamente.
A eficácia e a segurança de Enbrel® PFS 50 mg (2 injeções SC de 25 mg) administrado 1 vez por semana foram avaliadas em um estudo duplo cego, controlado por placebo com 420 pacientes com artrite reumatoide ativa. Neste estudo, 53 pacientes receberam placebo, 214 pacientes receberam 50 mg de Enbrel® PFS uma vez por semana e 153 pacientes receberam 25 mg de Enbrel® PFS duas vezes por semana. Os perfis de segurança e eficácia dos dois regimes de tratamento com Enbrel® PFS foram comparáveis em seus efeitos sobre os sinais e sintomas da artrite reumatoide na Semana 8. Os dados da Semana 16 não apresentaram comparabilidade (não inferioridade) entre os dois regimes.
Pacientes adultos com artrite psoriásica:
A eficácia de Enbrel® PFS foi avaliada em um estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo em 205 pacientes com artrite psoriásica. Os pacientes tinham entre 18 e 70 anos de idade e eram portadores de artrite psoriásica ativa (≥ 3 articulações edemaciadas e ≥ 3 articulações doloridas) em pelo menos umas das seguintes formas: (1) envolvimento interfalangiano distal (EID); (2) artrite poliarticular (ausência de nódulos reumatoides e presença de psoríase); (3) artrite mutilante; (4) artrite psoriásica assimétrica; ou (5) espondilite anquilosante. Os pacientes também tinham psoríase em placa com lesão ≥ 2 cm de diâmetro. Tinham sido tratados com AINEs (86%), DMARDs (80%) e corticoesteroides (24%). Os pacientes que estavam em uso de metotrexato no momento (estável por ≥ 2 meses) poderiam continuar recebendo uma dose estável de 25mg/semana de metotrexato. Doses de 25 mg de Enbrel® PFS (baseado em estudos de dose em pacientes com artrite reumatoide) ou placebo foram administrados por via subcutânea duas vezes por semana durante 6 meses. No fim do estudo duplo-cego, os pacientes passaram para um estudo aberto, de longo prazo de duração total de até 2 anos.
As respostas clínicas foram expressas em porcentagem de pacientes que alcançaram a resposta de ACR 20, 50, 70 e porcentagens com melhoria no Critério de Resposta de Artrite Psoriásica (PsARC).
Entre os pacientes com artrite psoriásica que receberam Enbrel® PFS, as respostas clínicas foram evidentes na primeira visita (4 semanas) e mantidas durante 6 meses de terapia. Enbrel® PFS foi significativamente melhor do que o placebo em todas as medidas da atividade da doença (p < 0,001), e as respostas foram semelhantes com e sem a terapia concomitante com metotrexato.
A qualidade de vida em pacientes com artrite psoriásica foi avaliada utilizando o índice de incapacidade do HAQ. A pontuação do índice de incapacidade melhorou significativamente em pacientes com artrite psoriásica tratados com Enbrel® PFS, comparativamente com o placebo (p < 0,001).
Alterações radiográficas foram avaliadas no estudo de artrite psoriásica. Radiografias das mãos e dos pulsos foram obtidas no início do estudo e em 6, 12 e 24 meses. Em uma análise na qual todos os pacientes que saíram do estudo por qualquer razão foram considerados como tendo progredido, a porcentagem de pacientes sem progressão (alteração ETS ≤ 0,5) aos 12 meses foi superior no grupo Enbrel® PFS, comparativamente com o grupo do placebo (73 % vs. 47%, respectivamente, p ≤ 0,001).
O efeito de Enbrel® PFS na progressão radiográfica foi mantido em pacientes que continuaram o tratamento durante o segundo ano. O abrandamento dos danos articulares-periféricos foi observado em pacientes com envolvimento poliarticular simétrico.
O tratamento com Enbrel® PFS resultou em melhoria da função física durante o estudo duplo-cego, e este benefício foi mantido durante a exposição a longo prazo de até 2 anos.
Não há evidência suficiente da eficácia de Enbrel® PFS em pacientes com espondilite anquilosante-símile e artrite mutilante nas artropatias psoriásicas devido ao pequeno número de pacientes estudados.
Não foi realizado nenhum estudo em pacientes com artrite psoriásica usando o esquema posológico de 50 mg uma vez por semana. A evidência de eficácia para este esquema posológico nessa população de pacientes tem sido baseada nos dados de estudos realizados em pacientes com espondilite anquilosante.
Pacientes adultos com espondilite anquilosante:
A eficácia de Enbrel® PFS na espondilite anquilosante foi avaliada em 3 estudos randomizados, duplo-cegos comparando a administração de 25 mg de Enbrel® PFS com placebo. Num total, 401 pacientes foram incluídos, dos quais 203 receberam o tratamento com Enbrel® PFS.
O maior destes ensaios (n = 277) incluiu pacientes com idade entre 18 e 70 anos com espondilite anquilosante ativa definida com a pontuação da escala visual análoga (VAS) ≥ 30 para a média de duração e intensidade da rigidez matinal mais a pontuação VAS ≥ 30 para pelo menos 2 dos 3 parâmetros seguintes: avaliação global do paciente; média dos valores VAS para dor nas costasnoturna e dor nas costas total; média de 10 perguntas sobre o Índice Funcional na Espondilite Anquilosante de Bath (BASDAI).
Os pacientes que receberam DMARDs, AINEs ou corticosteroides puderam continuar com doses estáveis.
Pacientes com anquilose completa da coluna vertebral não foram incluídos no estudo. Doses de 25 mg de Enbrel® PFS (baseado em estudos de dose em pacientes com artrite reumatoide) ou placebo foram administrados por via subcutânea duas vezes por semana durante 6 meses em 138 pacientes.
A medida primária de eficácia (ASAS 20) foi uma melhoria ≥ 20% em pelo menos 3 dos 4 domínios da Avaliação da Espondilite Anquilosante (ASAS) (avaliações globais do paciente, dor nas costas, BASDAI e inflamação) e ausência de deterioração no domínio restante. Para as respostas de ASAS 50 e 70 utilizou-se os mesmos critérios, com uma melhoria de 50% ou 70%, respectivamente.
Comparado ao placebo, o tratamento com Enbrel® PFS resultou em melhora significativa no ASAS 20, ASAS 50 e ASAS 70 após 2 semanas do início da terapia.
Entre os pacientes com espondilite anquilosante que receberam Enbrel® PFS as respostas clínicas foram evidentes no momento da primeira visita (Semana 2) e foram mantidas através de 6 meses de terapia. As respostas foram semelhantes em pacientes que receberam ou não terapias concomitantes no início do estudo. Resultados similares foram obtidos em 2 estudos menores de espondilite anquilosante.
Num quarto estudo duplo-cego, controlado por placebo com 356 pacientes com espondilite anquilosante ativa, avaliaram-se a eficácia e a segurança de 50 mg de Enbrel® PFS (2 injeções subcutâneas de 25 mg) administrados uma vez por semana versus 25 mg de Enbrel® PFS administrados duas vezes por semana. Os perfis de segurança e eficácia para os regimes de 50 mg uma vez por semana e 25 mg duas vezes por semana foram semelhantes.
Pacientes adultos com espondiloartrite axial não radiográfica
A eficácia de Enbrel® PFS em pacientes com espondiloartrite axial não radiográfica (EANR) foi avaliada em um estudo randomizado, placebo controlado, duplo cego com duração de 12 semanas. O estudo avaliou 215 pacientes adultos (população por intenção de tratar modificada) com espondiloartrite axial não radiográfica ativa - EANR (18 a 49 anos), definida pelos pacientes que cumprem com os critérios de classificação da ASAS (Avaliação da Sociedade Internacional de Espondiloartrite) para espondiloartrite axial, mas que não cumprem os critérios modificados de Nova York para espondiloartrite axial. Os pacientes deveriam também apresentar uma resposta inadequada para dois ou mais AINEs. No período de duplo cego, os pacientes receberam 50mg de Enbrel® PFS semanalmente ou placebo por 12 semanas. A primeira medida de eficácia (ASAS 40) foi 40% de melhora em pelo menos três dos quatro domínios de ASAS e ausência de deterioração na remissão dos domínios. Ressonâncias magnéticas da articulação sacro-ilíaca e da coluna, foram realizadas para se avaliar a inflamação no inicio do estudo na semana 12. O período de duplo cego foi seguido pelo período aberto no qual os pacientes receberam 50 mg de Enbrel® PFS semanalmente por um período adicional de até 92 semanas.
A comparação do tratamento com placebo e Enbrel® PFS resultou em uma melhora estatisticamente significante no ASAS 40, ASAS 20 e ASAS 5/6. Uma melhora significante também foi observada para a remissão parcial de ASAS e BASDAI 50. Os resultados de 12 semanas são apresentados na tabela abaixo:
Na semana 12, houve uma melhora significante estatisticamente na pontuação (Consórcio de Pesquisa de Espondiloartrite do Canadá) para articulação sacro-ilíaca medida pela ressonância magnética para pacientes tratados com Enbrel® PFS. A variação média ajustada a partir da linha de base foi de 3.8 para pacientes tratados com Enbrel® PFS (n=95) versus 0.8 para pacientes tratados com placebo (n=105) p < 0.001.
A saúde, qualidade de vida e capacidade física foram avaliadas utilizando o BASFI (Índice funcional da espondilite anquilosante de Bath), EuroQol 5D e questionários SF-36. Enbrel® PFS apresentou uma grande melhora estatisticamente significante na BASFI, EQ5D na Contagem Global de Estado de Saúde e do SF-36 Contagem de Componente Físico desde de o inicio até a semana 12 comparado com o placebo.
Pacientes adultos com psoríase em placas:
A segurança e a eficácia de Enbrel® PFS nos pacientes com psoríase em placas foram avaliadas em três estudos randomizados, duplo-cegos e controlados por placebo. A avaliação final primária de eficácia nos três estudos foi a proporção de pacientes em cada grupo de tratamento que atingiu o PASI 75 (ou seja, pelo menos uma melhora de 75% na pontuação do Índice de Gravidade e Área da Psoríase [PASI] em relação ao basal) em 12 semanas.
O Estudo 1 foi um estudo de fase 2 em pacientes com psoríase em placas ativa, mas clinicamente estável, envolvendo ≥ 10% da área de superfície corpórea e com ≥ 18 anos de idade. Cento e doze (112) pacientes foram randomizados para receber uma dose de 25 mg de Enbrel® PFS (n=57) ou placebo (n=55) duas vezes por semana por 24 semanas.
O Estudo 2 foi um estudo de fase 3 e avaliou 6³52 pacientes com psoríase crônica em placas utilizando os mesmos critérios de inclusão do Estudo 1 com a adição de um PASI mínimo de 10 na seleção. Enbrel® PFS foi administrado nas doses de 25 mg uma vez por semana, 25 mg duas vezes por semana ou 50 mg duas vezes por semana por 6 meses consecutivos. Durante as 12 primeiras semanas do período de tratamento duplo-cego, os pacientes receberam placebo ou uma das três doses de Enbrel® PFS acima mencionadas. Após 12 semanas de tratamento, os pacientes do grupo placebo iniciaram o tratamento com Enbrel® PFS em regime cego (25 mg duas vezes por semana); os pacientes nos grupos de tratamento ativo continuaram até a Semana 24 na dose para a qual foram originalmente randomizados.
O Estudo 3 foi um estudo de fase 3 e avaliou 583 pacientes e utilizou os mesmos critérios de inclusão do Estudo 2. Os pacientes desse estudo receberam uma dose de 25 mg ou 50 mg de Enbrel® PFS ou placebo duas vezes por semana por 12 semanas e, em seguida, todos receberam Enbrel® PFS 25 mg em regime aberto duas vezes por semana por mais 24 semanas.
No Estudo 1, o grupo tratado com Enbrel® PFS apresentou uma proporção significativamente maior de pacientes com resposta PASI 75 na Semana 12 (30%) em comparação ao grupo placebo (2%) (p < 0,0001). Em 24 semanas, 56% dos pacientes do grupo Enbrel® PFS haviam atingido PASI 75 em comparação a 5% dos que receberam placebo. Os principais resultados dos Estudos 2 e 3 são presentados a seguir.
Entre os pacientes com psoríase em placas que receberam Enbrel® PFS, as respostas significativas em relação ao placebo ficaram aparentes na primeira visita (2 semanas) e foram mantidas durante as 24 semanas de terapia.
O Estudo 2 também teve um período de descontinuação do medicamento durante o qual foi interrompido o tratamento dos pacientes que atingiram uma melhora do PASI de no mínimo 50% na Semana 24. Os pacientes foram observados fora do tratamento para ocorrência de rebote (PASI ≥ 150% do basal) e tempo para recorrência (definida como perda de no mínimo metade da melhora obtida entre o basal e a Semana 24). Durante o período de descontinuação, os sintomas da psoríase retornaram gradativamente com uma mediana do tempo para recorrência da doença de 3 meses. Não foi observado rebote da doença nem eventos adversos sérios relacionados à psoríase. Houve algumas evidências que confirmaram o benefício do retratamento com Enbrel® PFS nos pacientes que responderam inicialmente ao tratamento. No Estudo 3, a maioria dos pacientes (77%) inicialmente randomizados para 50 mg duas vezes por semana e cuja dose do Enbrel® PFS foi reduzida na Semana 12 para 25 mg duas vezes por semana mantiveram a resposta PASI 75 até a Semana 36. Nos pacientes que receberam 25 mg duas vezes por semana durante todo o estudo, a resposta PASI 75 continuou a melhorar entre as Semanas 12 e 36.
Em estudos de extensão abertos de longo prazo (até 34 meses) nos quais Enbrel® PFS foi administrado sem interrupção, as respostas clínicas foram mantidas e a segurança foi comparável a dos estudos de curto prazo.
Pacientes pediátricos com psoríase em placas:
A eficácia de Enbrel® PFS foi avaliada em um estudo randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, com 211 pacientes pediátricos, com idade entre 4 a 17 anos, com psoríase em placas moderada a grave (conforme definido pela pontuação sPGA ≥ 3, envolvendo ≥ 10% da área de superfície corpórea, e PASI ≥ 12). Os pacientes tinham histórico de tratamento por fototerapia ou terapia sistêmica, ou estavam inadequadamente controlados pela terapia tópica.
Os pacientes receberam 0,8 mg/kg (até 50 mg) de Enbrel® PFS ou placebo uma vez por semana durante 12 semanas. Na semana 12, um maior número de pacientes randomizados para tratamento com Enbrel® PFS apresentou respostas positivas para a eficácia (por exemplo, PASI 75) do que aqueles randomizados para receberem placebo.
Após um período de 12 semanas de tratamento duplo-cego, todos os pacientes entraram em um estudo aberto e receberam 0,8 mg/kg (até 50 mg) de Enbrel® PFS uma vez por semana, por mais 24 semanas. As respostas observadas durante o estudo aberto foram semelhantes às respostas observadas durante período duplo-cego. Durante um período de retirada randomizado, significativamente mais pacientes re-randomizados para receberem placebo experimentaram recidiva da doença (perda de resposta PASI 75) em comparação com os pacientes re-randomizados para receberem Enbrel® PFS. Com a continuação da terapia, as respostas foram mantidas até 48 semanas.
A segurança e eficácia a longo prazo de Enbrel® PFS 0,8 mg/kg (até 50 mg), uma vez por semana, foram avaliadas em uma extensão de estudo aberto com 181 pacientes pediátricos com psoríase em placas por 2 anos, além do estudo de 48 semanas exposto acima. A experiência de longo prazo com Enbrel® PFS foi, em geral, comparável ao estudo original de 48 semanas e não revelou novos dados de segurança.
Referências
Heijde D.V.D., Landewe R., Einstein S., at al. Radiographic Progression of Ankylosing Spondylitis After Up to Two Years of Treatment With Etanercept. Arthritis & Rheumatism. v.58 (5), p. 1324-1331. May 2008.
Barthon JM, Martin RW, Fleischmann RM, at al. A comparison of etanercept and methotrexate in patients with early rheumatoid arthritis. The New England Journal of Medicine. v.343 (22). p. 1586-1593. November 30, 2000.
Calin A, Dijkmans BAC, Emery P, at al. Outcomes of a multicentre randomised clinical trial of etanercept to treat ankylosing spondylitis. Ann Rheum Dis. 63: p.1594-1600. 2004.
Sterry W, Ortonne JP, Kirkham B, at al. Comparison of two etanercept regimens for treatment of psoriasis and psoriatic arthritis: PRESTA randomised double blind multicentre trial. BMJ. 340:c147. 2010.
Gordon KB, Gottlieb AB, Leonardi CL, at al. Clinical response in psoriasis patients discontinued from and then reinitiated on etanercept therapy. Journal of Dermatological Treatment. 17: p. 9-17. 2006.
Gorman JDG, Sack KE, Davis JR JC. Treatment of ankylosing spondylitis by inhibition of tumor necrosis factor a. N Engl J Med, v. 346, No. 18. p.1349-1356. May 2, 2002.
Gottlieb AB, Matheson RT, Lowe N, at al. A Randomized Trial of Etanercept as Monotherapy for Psoriasis. Arch Dermatol. v. 139, p. 1627-1632. Dec 2003.
Keystone EC, Schiff MH, Kremer JM, at al. Once-Weekly Administration of 50 mg Etanercept in Patients With Active Rheumatoid Arthritis. Results of a Multicenter, Randomized, Double-Blind, Placebo-Controlled Trial. Arthritis & Rheumatism. Vol. 50 (2), p. 353-363. February 2004.
Kietz DA, Pepmueller PH, Moore PH. Therapeutic use of etanercept in polyarticular course juvenile idiopathic arthritis over a two year period. Ann Rheum Dis.61:171-173. 2002.
Klareskog L, Jager JP, Gough A, at al. Therapeutic effect of the combination of etanercept and methotrexate compared with each treatment alone in patients with rheumatoid arthritis: double-blind randomised controlled trial. The Lancet. v. 363. February 28, 2004.
Mease PJ, Goffe BS, Metz J, at al. Etanercept in the treatment of psoriatic arthritis and psoriasis: a randomized Trial. The Lancet. v. 356. July 29, 2000.
Moreland LW, Schiff MH, Baumgartner SW, at al. Etanercept Therapy in Rheumatoid Arthritis. A Randomized, Controlled Trial. Ann Intern Med. 130: p.478-486. 1999.
Paller AS, Siegfried EC, Langley RG, at al. Etanercept Treatment for Children and Adolescents with Plaque Psoriasis. N Engl J Med. 358: p. 241-51. 2008.
Papp KA, Tyring S, Lahfa M, at al. A global phase III randomized controlled trial of etanercept inpsoriasis: safety, efficacy, and effect of dose reduction. British Journal of Dermatology. 152, p.1304-1312. 2005.
Tyring S, Gordon KB, Poulin Y, at al. Long-term Safety and Efficacy of 50 mg of Etanercept Twice Weekly in Patients With Psoriasis. Arch Dermatol. 143:p.719-726. 2007.
Heijde DVD, Silva JC, Dougados M, at al. Etanercept 50 mg once weekly is as effective as 25 mg twice weekly in patients with ankylosing Spondylitis. Ann Rheum Dis. 65: p. 1572-1577. 2006.
Resultados obtidos nos estudos comparativos entre o biossimilar e o produto biológico comparador
Foram conduzidos os seguintes estudos clínicos:
• Estudo clínico de fase I (GP15-104), em voluntários saudáveis, para demonstração de bioequivalência farmacocinética;
• Estudo clínico de fase III (GP15-302), em pacientes com psoríase em placa, para demonstração de comparabilidade clínica (eficácia e segurança).
Um breve resumo do delineamento dos estudos e das populações avaliadas está descrito na Tabela 1:
As características de base do estudo clínico pivotal estão descritas na Tabela 2:
A Tabela 3 contém os resultados do estudo GP15-104, que demonstrou bioequivalência farmacocinética entre Erelzi e Enbrel®:
Uma vez que os limites dos intervalos de confiança 90% das razões das médias geométricas dos mínimos quadrados das variáveis farmacocinéticas Cmax e AUC0-tlast se situam dentro do intervalo de 0,8 a 1,25, os dois medicamentos são considerados bioequivalentes do ponto de vista farmacocinético. O estudo GP15-302 foi realizado para demonstrar equivalência clínica entre Erelzi e Enbrel® no tratamento de uma indicação aprovada para o produto comparador. A psoríase em placa foi escolhida como o modelo de avaliação por se tratar da indicação mais sensível para o etanercepte. Em outras palavras, essa indicação seria a mais provável de demonstrar uma diferença na eficácia ou segurança entre Erelzi e Enbrel®, caso existisse.
O estudo GP15-302 consistiu de três períodos de tratamento (TP1, TP2 e extensão), como mostra a Figura 1. O objetivo deste delineamento complexo foi para assegurar a demonstração de segurança e eficácia após trocas entre os medicamentos.
Após um período de screening, os pacientes elegíveis foram randomizados 1:1 para tratamento com Erelzi ou Enbrel®, na dose de 50 mg s.c. duas vezes por semana durante 12 semanas (TP1). Os pacientes que atingissem pelo menos PASI 50 (redução do índice PASI - psoriasis area and severity index - de pelo menos 50%), foram incluídos no TP2, sendo randomizado novamente para permanecer no tratamento recebido no TP1 ou a alternar o tratamento a cada 6 semanas, até a 30ª semana de tratamento. Então, iniciou-se o período de extensão, no qual foi mantido o último tratamento realizado até a 52ª semana. A análise de eficácia se baseou no índice PASI, tendo como variável primária a taxa de resposta PASI 75 (proporção de pacientes com melhora de pelo menos 75% no PASI) apór 12 semanas de tratamento. A análise de segurança foi feita em cada um dos períodos de tratamento e incluiu avaliação de eventos adversos e imunogenicidade.
Resultados
531 pacientes foram randomizados no início do estudo durante o TP1. Ao término de 12 semanas, observou-se equivalência terapêutica entre Erelzi e Enbrel®, uma vez que os IC95% se situavam entre os limites pré-estabelecidos de equivalência de ±18% para a variável primária (Tabela 4).
Equivalência terapêutica também foi demonstrada para a variável secundária (variação percentual do PASI em 12 semanas de tratamento), que teve ±15% de limites pré-estabelecidos de equivalência (Tabela 5).
Como mostra a Figura 2, observou-se equivalência terapêutica (avaliada pelos índices PASI 50, PASI 75 e PASI 90) entre os pacientes que usaram somente Erelzi vs. aqueles que usaram somente Enbrel® ao longo das 52 semanas. O mesmo se observou para os pacientes que usaram un único medicamento (Erelzi ou Enbrel®) vs. aqueles que alternaram tratamentos ao longo do estudo (Figura 3).
A incidência de eventos adversos emergentes com relação causal suspeita com os medicamentos do estudo foram semelhantes nos dois grupos de tratamento contínuo (9,3% com Erelzi vs. 7,7% com Enbrel®). Também não se observou diferença na incidência de eventos adversos quando os pacientes foram agrupados em tratamento com um único medicamento (8,5%) ou tratamentos alternados (7,0%). A incidência de eventos adversos graves foi igual nos dois grupos de tratamento contínuo (2,1% em cada grupo). Reações no local de aplicação, leves em sua maioria, foram numericamente mais frequentes nos pacientes tratados com Enbrel® (14,2%) em comparação com Erelzi (4,9%) no TP1. No TP2, a incidência das reações no local de aplicação foram semelhantes em todos os grupos de tratamento.
Durante o TP1, 5/267 pacientes (1,9%) tratados com Enbrel® desenvolveram anticorpos antietanercepte, os quais não eram neutralizantes, enquanto nenhum paciente tratado com Erelzi apresentou anticorpos. No TP2 e no período de extensão, nenhum paciente desenvolveu anticorpo anti-etanercepte.
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
Erelzi é uma proteína de fusão do receptor p75 do TNF humano com o fragmento Fc, produzida por tecnologia de DNA recombinante em um sistema mamífero de expressão em células de ovário de hamster chinês. Trata-se de um dímero de uma proteína quimérica, obtido por engenharia genética pela fusão do domínio de ligação extracelular do receptor 2 do fator de necrose tumoral humano (TNFR2/p75) com o domínio Fc da IgG1 humana. Este componente Fc contém as regiões CH2 e CH3, mas não possui a região CH1 da IgG1.
Erelzi é solúvel em água e seu peso molecular aparente é de 125 quilodaltons.
Mecanismo de ação
Erelzi é a forma dimérica solúvel do receptor p75 do TNF que pode ligar-se a duas moléculas diferentes: TNFa e linfotoxina-alfa [LTa](TNFb).
Erelzi inibe a ligação do TNF (TNFa) e da linfotoxina-alfa [LTa] (TNFb) aos receptores de TNF na superfície celular, tornando o TNF biologicamente inativo e impedindo as respostas celulares mediadas pelo mesmo. O TNF é uma citocina dominante no processo inflamatório da artrite reumatoide. Os níveis do TNF no fluido sinovial de pacientes com artrite reumatoide e artrite idiopática juvenil estão elevados. Na psoríase em placas, a infiltração por células inflamatórias, incluindo as células T, resultou em níveis aumentados do TNF nas lesões psoriásicas em comparação aos níveis na pele não envolvida.
Existem dois receptores naturais diferentes para o TNF (TNFRs), uma proteína de 55 quilodaltons (p55) e outra de 75 quilodaltons (p75), que existem naturalmente como moléculas monoméricas na superfície celular e sob a forma solúvel. A atividade biológica do TNF depende da ligação a um ou ambos receptores da superfície celular. Erelzi também pode modular respostas biológicas, controladas por outras moléculas de etapas posteriores da cadeia (por ex.: citocinas, moléculas de adesão ou proteinases), que são induzidas ou reguladas pelo TNF.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção
O etanercepte é absorvido lentamente do local da administração subcutânea, atingindo concentração máxima aproximadamente 48 horas após uma dose única. A biodisponibilidade absoluta é de 76%.
Distribuição
Após uma dose única subcutânea de 25 mg de etanercepte, a média da concentração sérica máxima em voluntários saudáveis foi de 1,65 ± 0,66 m/mL e a área sob a curva (AUC) foi de 235 ± 96,6 m.h/mL.
A proporcionalidade à dose ainda não foi avaliada formalmente, mas não há saturação aparente do processo de depuração ao longo do intervalo de doses.
O volume de distribuição no estado de equilíbrio após a administração subcutânea é de 13,9 ± 9,4 litros.
Após a administração contínua de etanercepte em pacientes com artrite reumatoide (n=25) por 6 meses, na dose de 25 mg duas vezes por semana, o nível mediano observado foi de 3,0 m/mL (variação entre 1,7 e 5,6 m/mL). Com base nos dados disponíveis, alguns pacientes podem apresentar aumento de duas a cinco vezes nos níveis séricos com a administração repetida.
Eliminação
O etanercepte é depurado lentamente do organismo. A meia-vida é de aproximadamente 80 horas. A depuração é de cerca de 175 ± 116 mL/h em pacientes com artrite reumatoide e de 131 ± 81 mL/h em voluntários saudáveis.
Após a administração de etanercepte radiomarcado a pacientes e voluntários o composto radioativo é eliminado na urina.
Disfunção renal ou hepática
Embora haja eliminação de radioatividade na urina após a administração de etanercepte radiomarcado a pacientes e voluntários, não foi observado aumento nas concentrações de etanercepte em pacientes com insuficiência renal aguda ou falência hepática. A presença de insuficiência renal ou hepática não deve requerer modificação de dose.
Sexo
Não há diferença farmacocinética aparente entre homens e mulheres.
Relação Concentração-Efeito
As concentrações séricas no estado de equilíbrio de 1 a 2 mg/L de etanercepte estão associadas a efeito ideal e são obtidas com as doses de 25 mg, duas vezes por semana. Em um estudo cruzado, aberto, de dose única e de dois tratamentos em 28 voluntários saudáveis, foi observado que etanercepte administrado em injeção única de 50 mg/mL é bioequivalente a duas injeções simultâneas de 25 mg/mL.
O tempo médio estimado para início de ação de etanercepte é de 2 semanas, podendo se modificar a depender da gravidade dos sintomas.
CONTRAINDICAÇÕES
Hipersensibilidade ao Erelzi ou a qualquer componente da formulação do produto. Erelzi é contraindicado em pacientes com septicemia ou em risco de desenvolver uma septicemia (ver itens 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES e 9. REAÇÕES ADVERSAS). O tratamento com Erelzi não deve ser iniciado em pacientes com infecções ativas sérias, incluindo infecções crônicas ou localizadas.
Este medicamento é contraindicado para menores de 2 anos de idade e para crianças e adolescentes que pesem menos que 62,5 Kg.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
ADVERTÊNCIAS
Infecções: Foram relatadas infecções sérias, incluindo septicemia e tuberculose com