AZINOSTIL

EMS

azitromicina

Antibiótico.

Apresentações.

Comprimido revestido 500 mg - Caixa contendo 3 comprimidos revestidos.
USO ADULTO - USO ORAL

Composição.

Cada comprimido revestido contém: azitromicina (equivalente a 524,01 mg de azitromicina diidratada) 500 mg. excipiente*q.s.p. 1 com. rev. * celulose microcristalina, fosfato de cálcio dibásico, amido, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, óleo vegetal hidrogenado, dióxido de titânio, hipromelose + macrogol, etilcelulose.

Informações técnicas.

Características
A azitromicina é o primeiro antibiótico de uma nova classe de substâncias denominadas "azalídeos".
Os membros deste grupo são derivados dos macrolídeos, através da inclusão de um átomo de nitrogênio no anel lactâmico da eritromicina.
MECANISMO DE AÇÃO
A azitromicina atua por inibição da síntese protéica bacteriana através de ligação com a subunidade ribossomal 50 "S", desta forma impedindo a translocação peptídica.
MICROBIOLOGIA
A azitromicina é ativa contra um grande número de bactérias Gram-positivas e Gram-negativas.
A produção de beta-lactamases não tem efeito sobre a atividade antibacteriana da azitromicina.
BACTÉRIAS AERÓBIAS GRAM-NEGATIVAS
Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes (estreptococos beta-hemolítcos do grupo A), Streptococcus pneumoniae, estreptococos alfa-hemolíticos (grupo viridans), outros estreptococos e Corynebacterium diphteriae.
A azitromicina demonstra resistência cruzada contra cepas Gram-positivas resistentes à eritromicina, incluindo Streptococcus faecalis (enterococos) e a maioria das cepas de estafilococos meticilino-resistentes.
BACTÉRIAS AERÓBIAS GRAM-NEGATIVAS
Haemophilus influenzae, Haemophilus parainfluenzae, Moroxella catarrhalis, Acinetobacter sp., Yersinia sp., Legionella pneumophila, Bordetella pertussis, Bordetella parapertussis, Shigella sp., Pasteurella sp., Vibrio cholera e parahaemolyticus, Pleisiomonas shegelloides. A atividade contra Escherichia coli, Salmonella enteriditis, Salmonella typhi, Enterobacter sp., Aeromonas hydrophila e Klebsiella sp., é variável e testes de susceptibilidade deverão ser realizados. Proteus sp., Serratia sp., Morganella sp., e Pseudomonas aeruginosa são freqüentemente resistentes.
BACTÉRIAS ANAERÓBIAS
Bacteroides fragilis e Bacteroides sp., Clostridium perfringens, Peptococcus sp., e Peptostreptococcus sp., Fusobacterium necrophorum e Proprionibacterium acnes.
EM DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
A azitromicina é ativa contra Chlamydia trachomatis e também demonstra boa atividade contra: Treponema pallidum, Neisseria gonorrhoeae e Haemophilus ducreyi.
OUTROS MICROORGANISMOS
Borrelia burgdorferi (agente da doença de lyme). Chlamydia pneumoniae, Toxoplasma gondii, Mycoplasma pneumoniae, Nycoplasma hominis, Ureaplasma urealyticum.
Patógenos oportunistas associados a infecões causadas pelo vírus HIV: Mycobacterium avium-intracellulare complex, Pneumocytis carinii e Texoplasma gondii, Campylobacter sp. Helicobacter pylori e Listeria monocytogenes.
FARMACOCINÉTICA GERAL
Após administração oral em seres humanos, a azitromicina é rapidamente absorvida pela mucosa gastroentérica, distribuindo-se amplamente pelo organismo.
O tempo necessário para atingir os picos de concentrações plasmáticas é de 2-3 horas.
A meia-vida plasmática é de 68 horas correlacionando-se adequadamente com a meia-vida de eliminação tecidual.
Após administração oral de 500 mg de azitromicina, a Cmax (pico de concentração plasmática máxima) é de 0,41 mg/ml.
Porém, estudos farmacocinéticos mostram níveis significativamente maiores de azitromicina nos tecidos em relação aos níveis plasmáticos (até 50 vezes as concentrações máximas observadas no plasma), indicando que o antibiótico apresenta substancial ligação tecidual.
Após dose única de 500 mg, as concentrações teciduais alvo, tipo pulmões, amígdalas e próstata, ultrapassam a CIM90 para a maioria dos microorganismos patogênicos.
CONCENTRAÇÃO DA AZITROMICINA (mg/ml) EM ALGUNS TECIDOS E LÍQUIDOS, APÓS ADMINISTRAÇÃO POR VIA ORAL DAS DOSES RECOMENDADAS
Em estudos farmacológicos, têm sido observadas concentrações elevadas de azitromicina nos fagócitos. Assim sendo, a concentração de azitromicina resulta muito elevada nos locais de infecção.
A ligação protéica no plasma varia de 51%, em uma concentração plasmática de 0,02 mg/ml, até 7%, em uma concentração plasmática de 2 mg/ml.
Cerca de 12% da dose administrada por via intravenosa é eliminada na urina em forma inalterada até três dias, a maioria sendo eliminada nas primeiras 24 horas.
Sendo eliminada predominantemente por via hepática sob forma inalterada, concentrações muito elevadas de azitromicina, acompanhada por 10 metabólitos, têm sido encontradas na bile.

Indicações.

AZINOSTIL é indicado no tratamento das infecções causadas por organismos suscetíveis, em infecções do trato respiratório superior e do ouvido, tais como otite média, sinusite, rino-sinusite, rinite, amigdalite, laringite e faringo-traqueite, como em infecções do trato respiratório inferior incluindo traqueo-bronquite, bronquite, bronco-pneumonia e pneumonia.
Pode também ser utilizado em infecções da pele e tecidos moles tais como os abscessos, furúnculos, flegmões, úlceras infectadas, quando causadas por organismos sensíveis à azitromicina.
AZINOSTIL é indicado no tratamento das doenças sexualmente transmissíveis (DST), no homem ou na mulher.
AZINOSTIL é indicado no tratamento das infecções genitais, do tipo uretrites e cervicites não complicadas, devidas a Chlamydia trachomatis, Mycoplasma hominis, Ureaplasma urealyticum intracellulare, Neisseria gonorrhoeae sem resistências múltiplas, devendo ser excluídas infecções concomitantes pelo Treponema pallidum.

Contraindicações.

O uso de AZINOSTIL é contra-indicado em indivíduos com história de hipersensibilidade (reações alérgicas) à azitromicina ou a qualquer outro componente do grupo dos macrolídeos.

Advertências e precauções.

Da mesma forma como ocorre com a eritromicina e outros macrolídeos, e diferentemente dos antibióticos beta-lactâmicos, raramente têm sido relatadas reações do tipo alérgico graves, como anafilaxia e angioedema.
Conforme ocorre com qualquer antibiótico, é fundamental a observação constante de sinais indicativos de proliferação de organismos não-sensíveis, incluindo fungos.
Em pacientes com insuficiência hepática de grau leve (classe A) a moderada (classe B), não existe evidência de modificação acentuada na farmacocinética plasmática da azitromicina em comparação com indivíduos portadores de função hepática normal. Nesses pacientes, a concentração de azitromicina na urina pode estar aumentada como compensação da redução do clearance hepático. Assim sendo, não são recomendados ajustes da dose nos indivíduos com insuficiência hepática de grau leve a moderada. Entretanto, sendo o fígado a sua principal via de excreção, a azitromicina deverá ser utilizada cuidadosamente em pacientes com disfunção hepática grave.
Em pacientes com insuficiência renal leve (clearance de creatinina > 40 ml/min.) não é necessário ajuste da dose do antibiótico, porém não existem resultados relatados sobre o uso da azitromicina em pacientes com insuficiência renal mais grave; portanto, são necessárias precauções máximas antes de prescrever o produto a estes pacientes.
Nos pacientes recebendo derivados do ergô, os sinais de ergotismo têm sido aumentados pela administração concomitante de alguns antibióticos do grupo dos macrolídeos. Não há dados relativos à possibilidade de interação entre a azitromicina e os derivados de ergô.
No entanto, pela eventual possibilidade teórica de ergotismo, a azitromicina e os derivados do ergô não devem ser administrados em associação.
Não existe qualquer evidência que a azitromicina possa afetar a capacidade do paciente para dirigir veículos ou operar máquinas.
Gravidez e lactação - Estudos sobre a reprodução em animais demonstraram que a azitromicina atravessa a placenta, porém não revelaram evidência de lesões ao feto. Não existem dados sobre a secreção através do leite materno. Não foi ainda estabelecida a segurança do uso da azitromicina na gravidez e lactação, portanto esta substância deverá ser utilizada nestes pacientes somente quando outras alternativas adequadas não forem disponíveis.

Interações medicamentosas.

Teofilina - Não há evidência de qualquer interação farmacocinética, quando a azitromicina e a teofilina são administradas conjuntamente em voluntários sãos.
Varfarina - Em estudos de interação farmacocinética, a azitromicina não alterou o efeito anticoagulante de uma dose única de 15 mg de varfarina quando administrada a voluntários sãos. A azitromicina e a varfarina quando administradas em concomitância, deve-se realizar a monitorização rotineira do tempo de protrombina.
Ergô - Devido à possibilidade teórica de ergotismo, é contra-indicado o uso concomitante da azitromicina com os derivados do ergô.
Carbamazepina - Em estudo da interação farmacocinética em voluntários sadios, não foram observados efeitos significativos nos níveis plasmáticos dessa substância ou de seus metabólitos ativos em pacientes que receberam concomitantemente a azitromicina.
Digoxina - Tem sido relatado que alguns antibióticos macrolídeos podem prejudicar o metabolismo da digoxina (a nível intestinal). Em pacientes que estejam recebendo azitromicina (ou qualquer antibiótico azalídeo) e digoxina em concomitância, deve ser considerada a possibilidade de aumento dos níveis do cardiotônico.
Ciclosporina - Na ausência de dados conclusivos de estudos farmacocinéticos ou dados clínicos investigando a interação potencial entre a azitromicina e a ciclosporina, devem ser tomadas precauções quando utilizam-se estas substâncias em concomitância. Caso isto torne-se necessário, devem ser monitorizados os níveis de ciclosporina e a dose deverá ser ajustada em conformidade.
Antiácidos - Um estudo sobre a farmacocinética avaliou os efeitos da administração simultânea da azitromicina e antiácidos, não tendo sido observado qualquer efeito sobre a biodisponibilidade total, embora tenha havido redução em até 30% do pico da concentração plasmática do antibiótico. Em pacientes que sejam tratados com azitromicina mais antiácidos os produtos não devem ser administrados simultaneamente.
Cimetidina - Em um estudo farmacocinético para avaliar os efeitos de uma dose única de cimetidina, administrada duas horas antes da azitromicina, não foram observadas quaisquer alterações.
Zidovudina - Em um estudo preliminar para avaliar a farmacocinética e tolerabilidade da azitromicina, pacientes HIV positivos tratados com a zidovudina receberam 1 g por semana de azitromicina durante cinco semanas. Não foram observados efeitos estatisticamente significantes nos parâmetros farmacocinéticos da zidovudina e de seu metabólito glicorunídeo. A única diferença estatisticamente significativa observada foi uma redução do tempo para atingir a concentração máxima da azitromicina.
Metilprednisolona - Em um estudo em voluntários sadios, a azitromicina não ocasionou qualquer efeito significante na farmacocinética da metilprednisolona.
Terfenadina - A azitromicina não afetou a farmacocinética da terfenadina, quando administrada na dose recomendada de 60 mg a cada 12 horas.

Posologia e modo de usar.

AZINOSTIL deve ser administrado em dose única diária.
A administração da azitromicina após uma refeição substancial reduz em no mínimo 50% a biodisponibilidade do antibiótico, assim sendo, cada dose deverá ser administrada, no mínimo, uma hora antes ou duas horas após as refeições.
ADULTOS, USO DOS COMPRIMIDOS REVESTIDOS ORAIS:
Para o tratamento das doenças sexualmente transmissíveis (DST) causadas por Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae, Mycoplasma hominis, Ureaplasma urealyticum intracellulare, Haemophilus ducreyi, AZINOSTIL deve ser administrado em dose oral única de 1000 mg.
Para as outras indicações AZINOSTIL deve ser administrado em dose única diária de 500 mg, durante 3 dias (dose total 1500 mg).
Como alternativa, a mesma dose total de 1500 mg poderá ser administrada durante 5 dias: uma dose única diária de 500 mg no primeiro dia, seguida de 250 mg do segundo ao quinto dia.
As mesmas doses que são administradas a pacientes com função hepática normal poderão ser utilizadas em pacientes com insuficiência hepática de leve a moderada.

Reações adversas.

A azitromicina é bem tolerada, apresentando baixa incidência de efeitos colaterais.
Os efeitos adversos observados foram de natureza leve ou moderada.
Somente 0,3% dos pacientes suspenderam o tratamento em decorrência de reações adversas.
A maioria das reações adversas foi de origem gastrintestinal, incluindo diarréia, fezes amolecidas, flatulência, desconforto abdominal (dor, cólica), náusea e vômito, com uma incidência total inferior a 3%. Têm sido observadas elevações reversíveis nos níveis das transaminases hepáticas, com freqüência semelhantes aos beta-lactâmicos e aos outros macrolídeos utilizados comparativamente em estudos clínicos. Têm sido ocasionalmente, observados episódios transitórios de discreta redução nas contagens de neutrófilos, embora não tenha sido estabelecida uma reação causal com a azitromicina.
Raramente têm ocorrido reações alérgicas como "rash" cutâneo (erupções), fotossensibilidade, angioedema e anafilaxia.

Superdose.

Até o momento não existem dados relativos à superdosagem. A lavagem gástrica e as medidas gerais de suporte deverão ser instituídas, quando necessário. Procurar o CEATOX mais próximo.
Pacientes Idosos
A mesma dose utilizada em pacientes adultos é utilizada em pacientes idosos.

Dizeres legais.

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Reg. M.S. n° 1.0235.0417

Princípios Ativos de Azinostil

Laboratório que produce Azinostil